da redação
A cena política em Goiânia ganhou novo capítulo nesta terça-feira (26). O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, vereador Luan Alves (MDB), e o vereador Léo José (SD) anunciaram que não possuem mais cargos de indicação dentro da administração municipal.
Segundo Luan, a decisão foi articulada em conjunto com seu grupo político, sob orientação do pai e líder da bancada, o deputado estadual Clécio Alves (Republicanos). Em coletiva, o vereador explicou que todos os nomes ligados ao seu grupo foram entregues ao prefeito Sandro Mabel (UB). “De cinco a seis pessoas que ocupavam funções sob nossa indicação já foram colocadas à disposição do prefeito, que tem total autonomia para mantê-las ou substituí-las”, disse.
Luan Alves destacou que a medida busca evitar interpretações equivocadas de que estaria pleiteando mais espaço na gestão. “Nosso apoio é político, não baseado em cargos. Essa foi uma decisão de unidade do grupo liderado pelo deputado Clécio Alves. Já houve inclusive exonerações recentes, reforçando que não há manobra, apenas clareza na relação com a administração municipal”, afirmou.
Entre as indicações do grupo estava a esposa do vereador, Thaynara Assis Alves, nomeada para uma comissão da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET). Nos bastidores, comenta-se que ela sequer chegou a assumir o cargo.
Exonerações em série
O Diário Oficial do Município desta segunda-feira (25) confirmou diversas exonerações. Entre elas, a de Diogo Franco, irmão do vereador e líder do prefeito na Câmara, Igor Franco (MDB), que deixou a Secretaria de Desenvolvimento, Indústria, Comércio, Agricultura e Serviços (Sedicas). O grupo de Franco também perdeu posições estratégicas na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Outro desligamento foi o de Eduardo Trindade, irmão do vereador Denício Trindade (UB), que deixou a Secretaria de Engenharia de Trânsito. Indicações do vereador Léo José (SD) também foram retiradas do quadro do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores (Imas).
Na sessão legislativa, Léo José sinalizou que pode migrar para a oposição. “Não tenho problema em ser oposição, e já me considero assim”, declarou em discurso crítico à condução da gestão do prefeito Sandro Mabel.