RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Após ser a sede do Mundial de ginástica rítmica, que foi realizado no Rio de Janeiro, o Brasil abre as portas para novas competições internacionais da modalidade e se coloca como postulante a receber o Mundial de ginástica artística.
O planejamento seria desenhado para a partir de 2029. As sedes das edições de 2026 e 2027 já estão definidas, com Roterdã, na Holanda, e Chengdu, na China. Em outubro, o torneio vai ocorrer em Jacarta, na Indonésia.
“No próximo ano, vamos realizar cinco Pan-Americanos. Vamos pedir a sede de Copas do Mundo e vamos solicitar sediar o Mundial de ginástica artística. E não tenho dúvida que o povo brasileiro vai ter a oportunidade de assistir a um novo Mundial aqui em nosso país”, afirma Ricardo Resende, presidente do Comitê Organizador Local.
Esta foi a primeira vez que o Mundial de ginástica rítmica ocorreu na América do Sul. O Brasil, inclusive, contou com apoio de países vizinhos no decorrer da campanha.
“Estamos cumprindo o nosso planejamento estratégico, que nesse momento, era o Mundial de ginástica rítmica e fazer os Pan-Americanos. A gente vem falando muito com Henrique [Motta, presidente da Confederação Brasileira de Ginástica] de, no futuro, sediar o Mundial de ginástica artística. É um pensamento, faz parte do nosso planejamento. É um desafio, mas que acreditamos”, completou.
A ginástica artística começou a atrair um público maior a partir da geração que contou com Daiane dos Santos e Daniele Hypólito. A modalidade “furou a bolha” e explodiu no país com a ascensão de Rebeca Andrade, que com pódios em Tóquio e Paris se tornou a maior medalhista olímpica do Brasil. Na edição dos Jogos no ano passado, houve ainda o bronze com a equipe que conta também com Jade Barbosa, Flavia Saraiva, Lorrane Oliveira e Julia Soares.
O QUE DIZ A FIG E ATLETAS ESTRANGEIRAS
Após o Mundial de ginástica rítmica, Morinari Watanabe, presidente da Federação Internacional de Ginástica, fez elogios ao torneio.
“Graças ao excelente trabalho do Comitê Organizador e ao apoio vibrante dos torcedores, este campeonato está entre os melhores da história. A atmosfera na arena refletiu a cultura única do Brasil e o amor pela dança, um palco ideal para a ginástica rítmica. Os próprios atletas disseram que esperam voltar aqui para futuros campeonatos. Verdadeiramente, não pode haver maior elogio”, disse trecho do breve comunicado.
O UOL perguntou a algumas atletas sobre o Mundial e a Arena Carioca 1, onde o torneio foi realizado.
Eu acho que eles [organizadores] fizeram um trabalho muito bom. Amei a arena e o público. Foi tão confortável competir aqui que posso dizer que, realmente, me diverti.Rin Keys, dos EUA, prata na bola
“É uma atmosfera muito boa, os fãs fazem muito barulho e são adoráveis. Quero agradecer porque, realmente, foi muito bom. Eles apoiam todas as ginastas. Quanto à arena, é muito boa, muito bonita. Gosto muito do Brasil”, salientou a alemã Darja Varfolomeev, ouro no individual geral, maças, bola e fita.
Muito obrigado a todos os organizadores. Nos apaixonamos por essa arena, foi um lugar acolhedor. Nós fomos anfitriões do Mundial em 2013 e sabemos do trabalhado duro que isso demanda. Então, estão de parabéns. Foi uma linda competição e, definitivamente, superou nossas expectativas.Ireesha Blohina, técnica de conjunto da Ucrânia
“A arena é incrível. As pessoas são ótimas. Estou muito grata aos fãs. E foi uma competição incrível”, disse a búlgara Stiliana Nikolova, prata na fita e arco.
A arena é absolutamente incrível. E é uma sensação muito legal porque eu estava assistindo aos Jogos Olímpicos [2016] e, agora, estou no mesmo local em que passaram Margarita Mamun, Yana Kudryavtseva e outras lendas do nosso esporte. É realmente incrível.Tara Dragas, ginasta italiana
“A arena é linda, representou muito bem o Brasil. Os fãs foram ótimos e passaram uma energia a mais para as minhas apresentações”, apontou a italiana Sofia Rafaelli, ouro no arco e bronze na bola.