RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – No caminho para as inéditas medalhas no Mundial de ginástica rítmica, o conjunto do Brasil usou aparelhos com o dobro do peso nos treinamentos.

A técnica Camila Ferezin revelou que a adaptação serviu para que as ginastas pudessem ter maior facilidade no momento da competição. Ela também contou que houve um período de intercâmbio com técnicos estrangeiros para as fitas.

“Temos, diariamente, um trabalho com aparelho de uma hora, uma hora e meia. Com a fita reforçamos porque é o aparelho mais difícil da ginástica rítmica. Então, trouxemos alguns treinadores estrangeiros que nos ajudaram. Eles passaram pouco tempo, mas deu certo porque logo sugamos o que eles tinham de melhor”, comentou a treinadora.

“[Houve] Um trabalho de força mesmo. Na ginástica, temos muitos detalhes. Por exemplo, encontramos uma fita que é fabricada no Japão e tem o peso de duas fitas. Elas também usam uma caneleira de 250 gramas na preparação do aparelho. Para o arco, colocamos dois arcos encapados juntos e usamos uma bola de 1 kg [a de competição pesa 400 g] para elas conseguirem, depois de tirar esse peso, fazer com mais facilidade. E acho que isso foi um diferencial. Esse é o nosso segredo, gente!”, afirma Camila.

O conjunto formado por Maria Eduarda Arakaki, Maria Paula Caminha, Mariana Gonçalves, Sofia Pereira e Nicole Pircio subiu ao pódio duas vezes na competição. O time levou a prata no conjunto geral e no misto —também ficou em sexto nas 5 fitas.