SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Museu Catavento recebe no dia 2 de setembro a exposição “Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano”, organizada pelo Museu de História Natural de Londres. Em cartaz até 7 de dezembro, a mostra traz cem imagens premiadas na 60ª edição do concurso de fotografia homônimo.

As imagens ocupam o Claustro do Museu Catavento em uma área de 250 m², com impressões em diferentes formatos. Elas revelam comportamentos de animais, interações com o ambiente e cenas que destacam a diversidade natural do planeta. O visitante encontra registros de espécies raras e situações que chamam atenção para a urgência da preservação ambiental.

O vencedor da edição, o canadense Shane Gross, apresenta a imagem “The Swarm of Life” (O Enxame da Vida), feita em um lago na Ilha de Vancouver. O registro mostra girinos de sapo-do-oeste sob um leito de lírios e aponta para a vulnerabilidade da espécie diante da perda de habitat. A foto foi destacada pelo júri pela composição luminosa e pela inserção inédita de uma nova espécie ao acervo do concurso.

Na categoria juvenil -chamada “Jovem Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano 2024” especial para fotógrafos entre 15 e 17 anos-, o alemão Alexis Tinker-Tsavalas, de 17, foi premiado pela imagem “Life Under Dead Wood” (Vida sob a Madeira Morta).

Capturada com a técnica de empilhamento de foco, reúne 36 fotografias para mostrar um colêmbolo -conhecido como pulga de jardim no Brasil- junto a corpos frutíferos de um fungo. O registro mostra a função ecológica desses organismos, fundamentais para a saúde do solo e para o equilíbrio do ecossistema.Criado em 1965, o concurso passou a ser administrado pelo Museu de História Natural de Londres em 1984 e hoje recebe inscrições de 117 países. Na edição mais recente, foram 59.228 imagens enviadas por fotógrafos de diferentes idades e níveis de experiência.

A realização da mostra em São Paulo é fruto da parceria entre a Unesp, o Instituto Questão de Ciência e o Museu Catavento. Para os organizadores, a iniciativa busca aproximar o público das discussões sobre biodiversidade, ciência e conservação por meio da linguagem acessível da fotografia.

A exposição integra a turnê internacional que percorre diversos países e deve alcançar mais de um milhão de visitantes em 2025.