RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Anita Klemann se sentiu em casa no Mundial de ginástica rítmica, mas foi “rival” das ginastas brasileiras. A paranaense esteve no Rio de Janeiro como técnica da paraguaia Susana Dominguez.

Foi a primeira vez que o Paraguai esteve em uma edição de Mundial. Susana treina em Pato Branco, sob comando da ex-técnica da seleção brasileira.

“Tenho um projeto forte na cidade de Pato Branco, que é perto do Paraguai. Eu fui dar uma Academia FIG [Federação Internacional de Ginástica] lá e a presidenta da federação [paraguaia] pediu esse auxílio. Conversamos e estou nesta empreitada. As meninas ficam mais em Pato Branco, no meu projeto”, disse Anita, ao UOL.

O trabalho de Anita junto à ginástica do Paraguai começou no fim do ano passado. A treinadora brasileira admitiu que a presença de Susana no Mundial causou certa surpresa e ressaltou que o trabalho com a federação é para dar frutos a longo prazo.

“A Susana estar no Mundial foi uma surpresa. Nós começamos um trabalho com ela porque ela não tinha experiência alguma de competições. Tivemos o Pan-Americano adulto, que foi em Assunção, ela foi primeira das paraguaias e conquistou a vaga”, conta.

“Ela continuou trabalhando comigo e está hoje aqui. O trabalho que estamos fazendo com ela é um trabalho de longo prazo, um trabalho com base sólida, preservando a saúde da ginasta e os resultados que vêm pela frente. Esse é o nosso objetivo com o Paraguai, um trabalho de base sólida, bem feito”, completou Anita.

Anita é uma das referências em ginástica rítmica no Brasil e já esteve à frente da seleção, e trabalhou com nomes como Angélica Kvieczynski, que já foi considerada a principal ginasta do país.

A treinadora celebra o momento da ginástica rítmica do Brasil. Nesta edição, pela primeira vez, o país teve duas representantes na final do individual geral, com Barbara Domingos e Geovanna Santos. “É muito especial, muito bom o Brasil estar assim, brilhando. Graças a Deus! Há muito tempo isso era algo, mas, agora, está brilhando mesmo.

No Mundial, Anita também acompanhou a boliviana Mayte Guzman, que treina com ela em Pato Branco. “Estou com duas ginastas. Então, a torcida fica para o Brasil, para o Paraguai e para a Bolívia (risos)”.