Prática é crime ambiental e pode causar sérios problemas respiratórios e risco de incêndio em casas e plantações

Flávia Veríssimo

A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), por meio de suas equipes de orientação ambiental, alerta a população sobre os riscos de atear fogo em resíduos urbanos. O trabalho busca conscientizar sobre a importância do manejo correto e da destinação adequada das folhas secas que se acumulam nas calçadas durante o período de estiagem, prevenindo incêndios e danos ao meio ambiente.

Segundo o presidente da Comurg, Cleber Aparecido Santos, a varrição de praças, ruas, avenidas e sarjetas é atribuição da companhia. As calçadas, por sua vez, são de responsabilidade dos moradores, que, de modo algum, podem utilizar o fogo para a limpeza. Queimar folhagens e lixo é uma prática que constitui crime ambiental e pode causar diversos malefícios aos moradores.

A orientação é embalar as folhas em sacos e depositá-los na lixeira para que sejam recolhidos pelo caminhão de coleta orgânica. “Ao juntar folhas, restos de poda e outros resíduos e atear fogo, há grande risco de o vento mudar de direção e propagar as chamas, ameaçando residências e as pessoas que nelas vivem”, destaca o presidente. Outro dano é que a fumaça resultante da combustão tem grande potencial para prejudicar a saúde da vizinhança, especialmente nesta época de baixa umidade do ar.

Conforme especialistas da área, a fumaça proveniente das queimadas domésticas agrava quadros de asma, bronquite, rinite, sinusite e outras alergias. A incineração de certos materiais, como o plástico, é extremamente nociva ao meio ambiente, pois libera gases tóxicos que podem contaminar a água, o solo, a vegetação e, consequentemente, afetar seres humanos e animais.