SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Enquanto gravava um vídeo com o músico Tom Zé, na tarde desta sexta-feira (22), a equipe do vereador Nabil Bonduki (PT) foi surpreendida por um motociclista que subiu com seu veículo na calçada e tomou o celular da mão da videomaker Rachel Schein.

Os dois estavam em um banco no recuo de uma loja da rua Doutor Homem de Mello, no bairro de Perdizes, gravando um vídeo no qual Tom Zé convidava as pessoas para participarem da cerimônia em que receberá de Bonduki o título de cidadão paulistano, no dia 6 de setembro, no salão nobre da Câmara Municipal de São Paulo, no centro da cidade.

Momento em que motociclista toma o celular da mão da videomaker Rachel Schein, quando ela gravava vídeo do músico Tom Zé com o vereador Nabil Bonduki (PT), em Perdizes, em São Paulo Reprodução de vídeo A imagem mostra uma cena capturada por uma câmera de segurança em uma área urbana. Há várias pessoas em pé na calçada, algumas conversando. Em imagem da câmera de segurança de uma loja vizinha é possível observar quando o motociclista aparece por trás da equipe, já na calçada, e pega o aparelho, fugindo em seguida. A videomaker chegou a correr atrás do motociclista, mas não conseguiu alcançá-lo.

Depois, outro assessor usou o celular do próprio Bonduki para gravar tudo de novo. Rachel Stein foi à delegacia para fazer o boletim de ocorrência e conseguiu bloquear os aplicativos antes de o ladrão acessar seus dados.

Para fazer a gravação do vídeo, Bonduki mandou fazer duas placas com frases de canções de Tom Zé, um baiano de Irará, que tem São Paulo como tema. O vereador tinha na mão uma placa de rua com a frase “São Paulo meu amor”, da música “São, São Paulo”. Já o músico segurava um cartaz com os dizeres “Augusta graças a Deus; Entre você e a Angélica eu encontrei a Consolação”, da música “Augusta, Angélica e Consolação”.

O vídeo de Tom Zé está programado para ser publicado nas redes sociais na semana que vem.

Durante o evento no salão nobre da Câmara, o acesso será livre. Também haverá a apresentação do bloco de Carnaval Abacaxi de Irará, criado em 2020 para homenagear Tom Zé.

“Esse problema da segurança está matando os espaços públicos da cidade. As pessoas estão com medo de ir para esses espaços”, diz Bonduki, destacando que, mesmo com a sofisticação das câmeras de segurança, não é possível identificar o motociclista, uma vez que eles, normalmente, usam placas falsas.

“Acho que temos de voltar o lacre das placas para evitar que as motos e os carros possam trocar. Claro que, se for parado numa fiscalização vão pegar, mas não tem como identificar esse cara.”

Como uma tentativa de solução para acabar com os roubos de celulares, Bonduki cita o trabalho de inteligência da polícia.

“A inteligência da polícia precisa identificar e pegar os receptadores. É impossível o aparelho não ser resgatado. Quem recebe os celulares?”