BARRETOS, SP (FOLHAPRESS) – A Festa do Peão de Barretos, que começa nesta quinta-feira (21), terá em disputa três títulos de montaria em touros, entre elas a do campeão do Barretos International Rodeo, principal atração do evento, e classificará 12 peões para disputarem uma competição que distribui o equivalente a R$ 11 milhões em prêmios nos Estados Unidos.
Com 11 noites de montarias em touros e cavalos e provas cronometradas, a festa de Barretos (a 423 km de São Paulo) abrigará até domingo (24) a final do circuito da PBR (Professional Bull Riders), originário dos Estados Unidos.
Entre segunda-feira e quarta será a vez da disputa do circuito da LNR (Liga Nacional de Rodeio), que terá a final no sábado. Nos dois casos, somente com montarias em touros.
Já a terceira competição nas arenas será o Barretos International Rodeo, em sua 32ª edição, que acontecerá entre os dias 28 e 31. Somadas, as provas reunirão 3.500 competidores na arena, mas nem todos chegam ao estádio projetado por Oscar Niemeyer (1907-2012), já que durante o dia a hípica do Parque do Peão abriga seletivas.
A premiação total será de cerca de R$ 1,5 milhão nas provas organizadas por Os Independentes (LNR e internacional) e de R$ 500 mil na competição feita pela PBR.
A lista dos 28 competidores mais bem ranqueados durante as 40 etapas da temporada da PBR foi divulgada pela organização nesta segunda-feira (18) e contempla oito estreantes na final do circuito, que pela oitava vez ocorrerá em Barretos.
O campeão levará como prêmio uma picape Mitsubishi Triton L200 e R$ 100 mil em dinheiro, enquanto o tropeiro dono do melhor touro da temporada receberá um bônus de R$ 50 mil. Incluindo bônus e premiações a outros peões bem classificados, o montante chegará a R$ 500 mil.
O líder do ranking é o peão sul-matogrossense Gustavo Luiz da Silva, 19, seguido por Riquelme dos Santos, 20, de Bom Jesus do Araguaia (MT). Além do título da temporada, eles também disputam como estreante do ano.
Segundo a PBR, oito competidores que figuram entre os 20 melhores do ranking estão ou disputando a etapa de Austin (Texas) da PBR nos Estados Unidos ou lesionados e foram substituídos pelos peões imediatamente abaixo deles na classificação.
O campeão em touros do Barretos International Rodeo terá prêmio de R$ 382,5 mil, enquanto o vencedor no estilo cutiano (cavalos) receberá R$ 186 mil. O team penning (prova de apartação) distribuirá R$ 392 mil em prêmios e outras provas cronometradas somam cerca de R$ 500 mil em premiação.
O Barretos International Rodeo, surgido em 1993, reunirá os mais bem ranqueados da CNAR (Confederação Nacional de Rodeio) e finalistas da PBR e da LNR, além de peões convidados dos Estados Unidos e do México.
“Ganhar Barretos é gravar o nome na história da principal arena da América Latina, é o sonho de todo competidor”, disse o diretor de rodeios da festa, Marcos Abud.
CARREIRA INTERNACIONAL
Além dos títulos, as provas em Barretos classificarão 12 competidores para eventos nos Estados Unidos em abril do ano que vem. Os quatro mais bem colocados na Liga Nacional de Rodeio e os campeões da fase internacional em quatro provas terão vaga no The American.
“É uma oportunidade bem palpável, porque esses competidores terão uma oportunidade de mudar a vida deles”, disse Abud sobre o evento, que terá premiação de US$ 2 milhões (R$ 11 milhões).
Almejar uma conquista internacional não é um sonho impossível para peões brasileiros. Competidores do país conquistaram 15 títulos mundiais de montarias em touros, incluindo 4 dos últimos 5 disputados, e têm apenas um troféu a menos que os peões dos Estados Unidos país que sedia as etapas.
Além dos dois países, só a Austrália, em 1998, conquistou o troféu, numa disputa que historicamente envolve competidores ainda de Canadá e México.
O The American também já teve campeão brasileiro. João Ricardo Vieira venceu em 2016 e voltou a repetir o feito três anos depois, quando conquistou prêmio de US$ 433 mil (R$ 2,3 milhões).
Comandada pelo presidente de Os Independentes, Jerônimo Luiz Muzetti, a Confederação Nacional de Rodeio tem também uma competição de destaque no segmento no país, mas que não terá seu campeão decidido em Barretos.
A final acontecerá em Avaré, também no interior paulista e, segundo Muzetti, o objetivo foi valorizar a disputa da CNAR. “Dentro de Barretos, ela poderia sumir, deixaria de ser um produto. Já temos as finais da PBR e da Liga. Levamos [a final da CNAR] para uma cidade de forma que ela seja valorizada”, disse.