da redação
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), começa a ganhar espaço no debate sobre a sucessão presidencial de 2026. De acordo com pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (21), ele aparece com 31% em uma simulação de segundo turno contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que marca 47%. É a primeira vez que o goiano figura com destaque em um levantamento nacional, sinalizando seu potencial como alternativa fora do núcleo bolsonarista.
Nos cenários de primeiro turno, Caiado registra entre 3% e 6% das intenções de voto, ficando atrás de nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michelle Bolsonaro (PL) e Ratinho Júnior (PSD). Mesmo assim, seu desempenho o coloca como uma opção emergente dentro do campo da direita, especialmente em meio às dificuldades eleitorais enfrentadas pela família Bolsonaro após os indiciamentos de Jair e Eduardo Bolsonaro.
O levantamento mostra que Lula venceria todos os adversários testados no segundo turno, com diferenças variando de 8 a 16 pontos. Contra Caiado, a distância é de 16 pontos, mesma margem observada em confrontos contra Eduardo Leite (PSD) e Eduardo Bolsonaro (PL).
Outro dado relevante é a rejeição ao retorno de Jair Bolsonaro à disputa: 65% dos entrevistados afirmam que não querem vê-lo novamente como candidato. Questionados sobre possíveis substitutos, os eleitores citam Tarcísio e Michelle como principais alternativas, mas Caiado aparece empatado com Romeu Zema (Novo), ambos com 4%, à frente de Flávio Bolsonaro (PL), que soma 2%.
A pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, foi feita entre 13 e 17 de agosto, antes do indiciamento de Jair e Eduardo Bolsonaro. Foram ouvidos 12.150 eleitores em todo o país, com margem de erro de dois pontos percentuais.
Apesar da resistência à reeleição de Lula — 58% não gostariam que ele concorresse novamente — o presidente segue em vantagem contra todos os adversários no momento. O estudo ainda revela um dado simbólico: 47% dos eleitores dizem temer a volta de Bolsonaro ao Planalto, enquanto 39% afirmam receio da continuidade do petista.