RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A solução do Flamengo para a lesão de Pulgar e os problemas físicos de De La Cruz é uma dupla que Filipe Luís inicialmente não imaginava, mas já parece ter dado liga rapidamente: os “europeus” Jorginho e Saúl.
A prioridade do técnico do Flamengo era usar o espanhol como meia aberto pela direita, em um papel similar ao de Gerson, que se transferiu para o Zenit, da Rússia. Só que a necessidade o fez jogar em um posicionamento diferente do planejado.
Nitidamente fora de forma, o ex-Atlético de Madri entrou mal nos primeiros jogos, contra Ceará e Atlético-MG, mas pouco tempo depois resolveu colocar o “terno” para um estilo de jogo elegante no meio-campo na combinação com o brasileiro naturalizado italiano Jorginho, que já tinha se destacado rapidamente no Mundial de Clubes, apesar do parceiro ideal não ter aparecido na ocasião.
“Que jogo do Saúl hoje (na vitória por 2 a 0 sobre o Inter). Eu estou muito feliz por ele, ele estava três meses sem jogar, de férias, ele fez três treinos e nesta quinta-feira (21) fez o seu segundo jogo em 90 minutos, completíssimo. Essa relação com o Jorginho foi muito rápida, e eles se complementam muito bem. O Saúl que eu conheço ainda tem muito mais para dar”, diz Filipe Luís.
ENCAIXE COM ARRASCAETA
Com Saúl e Jorginho, o Flamengo ganha uma capacidade de passe e controle de jogo. Nas apresentações até agora, os dois mostraram que conseguem sair da pressão, encaixam passes fora da “lógica” e dão uma dinâmica de controle que casa muito com a proposta de jogo do Flamengo.
A dupla “europeia” do Fla casou bem pensando também no requinte com a bola no pé que Arrascaeta acrescenta. Por outro lado, a correria nos lados do campo é compensada pela energia de Samuel Lino e Plata. Soberano nos três confrontos contra o Internacional, o Rubro-Negro se mostra cada vez mais azeitado e agora com um tempero europeu.