SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Embora o número de mortes de motociclistas esteja em queda no acumulado do ano na cidade de São Paulo, ainda há um aumento de 12% quando se compara julho de 2024 com o mesmo mês de 2025, passando de 42 para 47 óbitos.
Esses dados são do Infosiga, sistema estadual de monitoramento da letalidade no trânsito, divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo).
Desde 2020, durante a pandemia de Covid-19, a estatística de óbitos de motociclistas tem subido na capital. Naquele ano, foram 20 mortes, subindo nos anos seguintes para 30, 36, 42, 42 e agora 47.
No acumulado de 1º de janeiro até 31 de julho deste ano, as mortes por motos caíram 5,4% (de 279 para 264) em comparação com o mesmo período do ano passado.
A boa notícia é que as mortes nas outras modalidades de transporte também mostraram queda na comparação dos dois anos no município. Houve reduções nos modais bicicletas (-46,4%), carros (-12,9%) e pedestres (-3,9%).
No estado de São Paulo, ainda na comparação entre julho de 2024 e julho de 2025, o Infosiga registrou redução de 8,2% nas mortes no trânsito (de 560 para 514), puxada pela queda nas mortes relacionadas a bicicletas, que recuaram 26,3% (de 38 para 28), e nas motos, com queda de 10% (de 239 para 215) no mesmo intervalo.
No ano, o acumulado de óbitos por moto teve leve aumento de 2,8%, passando de 1.500 em 2024 para 1.543 este ano. Mas houve queda nos modais pedestres (5,6%), carro (7,7%) e bicicleta (8,8%).
Em nota à Folha de S.Paulo o Detran-SP diz ter intensificado a fiscalização contra a alcoolemia no trânsito de janeiro a julho deste ano, para aumentar a segurança viária. O órgão destaca que houve aumento de 93% nas operações e de 77% no número de condutores fiscalizados, em comparação com o mesmo período do ano passado.
“Além disso, foram realizadas mais de 1.700 ações educativas, que alcançaram cerca de 670 mil pessoas em todo o estado. Para preservar vidas, o Governo de São Paulo estruturou o Sistran – Sistema Estadual de Trânsito -, que adota a diretriz de que nenhuma morte no trânsito é aceitável”, diz o Detran-SP.
