Walison Veríssimo
A criação da União Progressista (UPb), federação entre União Brasil e Progressistas, não trouxe definição sobre o futuro da sigla na relação com o governo federal. A expectativa de um desembarque imediato não se confirmou, e o partido segue ocupando três ministérios no primeiro escalão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Durante o evento, em Brasília, o governador Ronaldo Caiado (UB) voltou a cobrar que o partido assuma posição clara. “Nós não podemos mais ficar sendo entrevistados e as pessoas perguntam: ‘Você tem ministro na base do governo? Você é do governo ou você é oposição?’ Partido tem que ter lado. O hibridismo dá certo na agricultura, mas não na política”, disse.
Algumas lideranças reforçaram o discurso do goiano. O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou que não há espaço para indecisão. O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, mencionou Caiado em sua fala ao projetar o peso da federação nas eleições de 2026. Já o deputado José Nelto declarou que os ministros ligados ao partido deveriam entregar os cargos por conta própria: “Eles precisam ter desconfiômetro. Não dá para agradar a dois amos.”