RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Promotoria do Rio de Janeiro realiza uma operação, nesta terça (20), para cumprir mandados de prisão contra 11 suspeitos de integrar uma milícia que atua na Baixada Fluminense cinco dos alvos já estão presos.
Segundo as investigações, os criminosos praticavam extorsões semanais contra comerciantes, motoristas de vans, mototaxistas e empresas de internet e TV a cabo nas cidades de Belford Roxo e Nova Iguaçu. Os pagamentos eram cobrados em dinheiro em espécie ou transferência bancária, sempre mediante ameaças de agressões, incêndio de bens e até de morte.
O líder da milícia, de apelido Deco, autorizaria de dentro do sistema prisional as extorsões, segundo os promotores, controlando os valores arrecadados, organizando a compra de armas e planejando ações violentas. Também foram identificados o gerente operacional do grupo, o responsável pelas cobranças e repasses financeiros e o integrante encarregado de extorsões e intimidações armadas.
O procedimento investigatório apontou que a milícia disputava território com outros grupos milicianos, liderados por João Teixeira dos Passos, o Jota da Grama, e Gilson Ingrácio de Souza Júnior, o Juninho Varão. Ambos estão foragidos e a reportagem não localizou suas defesas. Essa rivalidade originou o nome da operação desta terça, intitulada Reino Dividido.
A atuação da quadrilha teria iniciado em 2023, com forte influência nos bairros Miguel Couto, Parque Ambaí, Itaipu e Shangri-lá, em Nova Iguaçu. Os mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa.