da redação
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta que a economia brasileira seguirá em expansão no próximo ano, apesar do impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos às exportações nacionais. Segundo o Informe Conjuntural referente ao 2º trimestre, divulgado nesta terça-feira (19), o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar 2,3% em 2025.
O cenário positivo é sustentado principalmente pelo desempenho robusto da agropecuária, cuja previsão de crescimento foi elevada de 5,5% para 7,9%. O mercado de trabalho também terá papel decisivo: a entidade estima aumento de 1,5% no número de pessoas ocupadas e avanço de 5,5% na massa de rendimentos, o que deve manter a taxa de desemprego em apenas 6% pelo segundo ano consecutivo — o menor índice já registrado.
Em contrapartida, a indústria sente os efeitos das condições externas e dos juros elevados. A CNI revisou para baixo a projeção de crescimento da indústria total, de 2% para 1,7%. A indústria de transformação deve crescer 1,5% (ante 1,9% na previsão anterior), pressionada pela concorrência das importações e pela expectativa de queda das exportações.
O setor da construção, porém, mantém trajetória firme, com estimativa de avanço de 2,2%, impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida, que apresentou forte ritmo de lançamentos no início do ano. Já a indústria extrativa ganhou fôlego extra, com revisão da alta prevista de 1% para 2%, graças ao aumento da produção de petróleo.
Para a CNI, a combinação de um agronegócio aquecido e de maior poder de compra da população deve garantir a resiliência da economia em 2025, mesmo em um cenário global adverso.