da redação

A nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (20), mostra que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou melhora pelo segundo mês consecutivo. O índice de aprovação subiu para 46%, enquanto a desaprovação recuou levemente para 51%, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.

O movimento positivo foi puxado principalmente pelo Nordeste, onde Lula ampliou sua vantagem sobre a desaprovação: passou de 53% para 60% de aprovação, o melhor resultado do ano, enquanto a reprovação caiu para 37%. Também houve avanço entre beneficiários do Bolsa Família, grupo em que o presidente voltou a alcançar 60% de apoio, após uma queda contínua ao longo de 2024.

Outro destaque veio dos eleitores com 60 anos ou mais. Se em julho a disputa nesse público estava em empate técnico, agora a diferença se tornou expressiva: 55% aprovam e 42% desaprovam. Entre os mais jovens (16 a 34 anos), houve melhora, mas a desaprovação ainda permanece maior — 54% contra 43%.

Regionalmente, Lula ganhou fôlego no Sul, onde a aprovação foi de 35% para 38%, e também no agrupamento Centro-Oeste/Norte, que registrou alta de 40% para 44%. No Sudeste, a oscilação ficou dentro da margem de erro, sem mudanças significativas.

Para o CEO da Quaest, Felipe Nunes, a combinação entre fatores econômicos e políticos explica a recuperação. Segundo ele, a percepção de alívio nos preços dos alimentos e a postura firme de Lula diante do “tarifaço” de 50% anunciado por Donald Trump fortaleceram a imagem do presidente. “Menos pressão inflacionária e a visão de liderança em questões externas ajudam a entender esse avanço”, afirmou.

O levantamento também indica melhora na percepção sobre a economia doméstica: 18% dos entrevistados disseram sentir queda nos preços dos alimentos, ante 8% na rodada anterior. Já os que ainda percebem alta caíram de 76% para 60%.

Apesar da recuperação, a avaliação do governo segue dividida. Para 39% dos eleitores, a gestão é negativa; 31% a veem de forma positiva e 27% consideram regular. Em julho, os números eram 40%, 28% e 28%, respectivamente.

O estudo ouviu 12.150 pessoas entre 13 e 17 de agosto, sendo 2.004 em âmbito nacional e o restante em recortes estaduais. O nível de confiança é de 95%.