(UOL/FOLHAPRESS) – O clima de “segunda família” é um dos trunfos para o sucesso da seleção brasileira de ginástica rítmica, que agora espera ser campeã em casa. Pela primeira vez, o Mundial da modalidade será sediado no Brasil: começa nesta quarta-feira (20) e vai até domingo na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O conjunto que vai disputar o Mundial é formado por Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves. Elas já se acostumaram a passar boa parte do tempo umas com as outras porque moram em Aracaju (SE), onde fica o Centro de Treinamento.

Além dos treinos, vão à praia, fazem compras no shopping e assistem filmes, quase sempre todas juntas. Mas os laços da relação não aparecem somente na hora da diversão.

De estados e realidades diferentes, as brasileiras aproveitam a confiança para se abrirem sobre as trajetórias que tiveram até chegar onde estão hoje.

“Como a gente mora junto, acaba se entrosando nessas experiências. E elas me ajudam completamente. Lá no dia dia, se tornam uma família, a gente vira irmã. Lá (no CT) é muito tranquilo, são todas muito receptivas e carinhosas. Então, para mim, foi uma adaptação super legal, porque me acolheram realmente como uma irmã”, disse Mariana Gonçalves, de 20 anos.

“Acho que no conjunto, especialmente, quanto mais tempo você está junto com suas companheiras, melhor vai ficando. E a gente se entende muito bem, sabe? Acho que essa experiência é muito importante para a ginástica rítmica, de entender os processos, ter paciência uma com as outras também é muito legal”, afirmou Duda Arakaki, capitã da seleção.

Mas não é só no conjunto. Bárbara Galvão, reserva da equipe, também exaltou a parceria.

“É uma troca muito legal entre a gente. Cada uma de um estado, de uma idade e de uma criação diferente. E a gente mora juntas, vive juntas, sai juntas, estuda juntas, faz tudo junto. Isso é muito bom, porque a gente tem acesso a outros tipos de cultura e de vivências. E a gente vai cada vez se misturando, pegando o melhor de cada um e se tornando um só.”

O conjunto chega em alta para o Mundial após conseguir três ouros no Mundial de Portimão (Portugal) e um ouro e um bronze na etapa da World Challenge Cup —em Milão (Itália).