SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A ministra da Cultura, Margareth Menezes, e a presidente da Funarte, Maria Marighella, enviaram na noite desta terça (19) ofício à gestão de Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, pedindo a ampliação do prazo dado para o despejo do Teatro de Contêiner de sua sede, na região central da capital paulista.

Segundo a pasta, não houve resposta por parte da prefeitura até a publicação desta matéria.

Em nota, MinC e Funarte manifestaram “veemente repúdio” à ação policial da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo para retirar os membros do coletivo artístico e da ONG Tem Sentimento de um prédio anexo ao terreno.

“Lamentamos que o uso da força tenha substituído a continuidade do diálogo em prol da arte e da cultura, que cumprem papel relevante junto à comunidade do centro da capital paulista por meio da atuação do Teatro de Contêiner, da Cia Mungunzá e da ONG Tem Sentimento”, termina a nota do MinC.

A Prefeitura de São Paulo negou, nesta terça-feira, o pedido do Teatro de Contêiner para prorrogação do prazo de desocupação do espaço, na região central da capital paulista. O prédio ao lado da arena, no mesmo terreno, foi isolado.

A Guarda Civil Metropolitana realizou nesta terça uma operação para a desocupação de um imóvel localizado ao lado do teatro.

Segundo o Executivo municipal, o prédio, que está interditado e será demolido pela Prefeitura de São Paulo, foi invadido por um grupo de pessoas que utilizava um acesso clandestino feito a partir do terreno do teatro.

De acordo com a gestão Ricardo Nunes (MDB), o grupo foi notificado para deixar o local, pela primeira vez, no mês de maio. O terreno é público e é utilizado pela companhia Munguzá de Teatro desde 2016. O espaço foi inaugurado no ano seguinte.

Em nota, a gestão municipal afirma que a área é ocupada irregularmente na rua dos Protestantes.

A Guarda Civil Metropolitana realizou nesta terça uma operação para a desocupação de um imóvel localizado ao lado do teatro.

Segundo o Executivo municipal, o prédio, que está interditado e será demolido pela Prefeitura de São Paulo, foi invadido por um grupo de pessoas que utilizava um acesso clandestino feito a partir do terreno do teatro.

“Diante da invasão e da negativa para desocupação deste imóvel, foi necessária uma intervenção por parte das forças de segurança. O local está trancado e preservado”, diz nota divulgada nesta terça.

A decisão da administração, segundo a prefeitura, ocorre um ano depois do início das negociações, em agosto de 2024. Desde então, ainda de acordo com o Executivo paulistano, foram oferecidas duas áreas para realocação do espaço cultural.”

A última notificação para desocupação do espaço foi assinada e recebida no dia 6 de agosto, com isso, como o prazo é de 15 dias para o grupo deixar o local, o limite seria a próxima quinta-feira (21).