A atriz Isabela Ferrer, que interpretou a versão jovem de Lily Bloom, personagem de Blake Lively, no filme É Assim Que Acaba, acusou o diretor e coprotagonista Justin Baldoni de tentar “manipulá-la, ameaçá-la e controlá-la” durante uma disputa judicial envolvendo o longa. As alegações foram apresentadas em um documento protocolado no domingo (17) na Corte Distrital do Sul de Nova York e obtido pela revista Rolling Stone.
Segundo os advogados de Ferrer, o impasse teve início quando Baldoni mencionou o nome da atriz em uma queixa contra Lively, o que a levou a ser incluída na “disputa de descobertas” entre os dois artistas. Em fevereiro de 2025, Ferrer recebeu uma intimação enviada por Blake Lively para revisar alegações feitas por Baldoni sobre ela. Após a notificação, a atriz solicitou indenização para cobrir os custos com honorários advocatícios, conforme previsto em seu contrato, além de pedir prorrogações para responder à intimação até que a questão financeira fosse resolvida.
O documento aponta que a It Ends, LLC e o estúdio Wayfarer, de Baldoni, concordaram em indenizá-la, mas com a condição de que a atriz cedesse o controle de sua resposta ao estúdio. De acordo com a defesa de Ferrer, a equipe de Baldoni queria responder em nome dela “da forma que desejasse”, impedindo que a atriz apresentasse documentos com os “fatos reais”. Os advogados afirmam ainda que a moção apresentada por Baldoni contra Ferrer representa uma tentativa de “assediá-la” e “arrastá-la ainda mais para litígios” dos quais ela tenta se afastar.
Ferrer pediu que o tribunal negue a moção de Baldoni e que considere a aplicação de sanções contra o diretor por supostas “táticas de má-fé”. A disputa ocorre em meio ao processo maior entre Baldoni e Blake Lively, que teve início após o lançamento do filme, no verão de 2024. Na época, Lively acusou o diretor de assédio sexual e difamação, o que deu início a uma série de ações judiciais. Em maio de 2025, Baldoni retirou uma intimação contra a atriz, mas, posteriormente, entrou com um contra-processo contra Lively, o ator Ryan Reynolds e a publicista Leslie Sloane, pedindo US$ 400 milhões. A ação foi rejeitada por um juiz no início deste ano, assim como um processo movido por Baldoni contra o The New York Times.