RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) avalia que o Mundial de Ginástica Rítmica, que será realizado no Rio de Janeiro, pode fazer a modalidade “furar a bolha” e já prepara o legado do torneio.

É a primeira vez que a competição tem um país na América do Sul como sede. Essa edição será a maior da história da modalidade: reunirá 78 nações, incluindo 18 das Américas, superando a marca anterior registrada no Mundial de 2023, em Valência, na Espanha, que contou com 62 países.

Acredito muito que vamos conseguir furar a bolha depois desse Mundial. Temos plena convicção disso e foi isso que planejamos para esse momento. A ginástica rítmica é a modalidade mais praticada de todas as outras que fazem parte da confederação. Então, acredito que, após esse Mundial, vamos conseguir potencializar ainda mais.Ricardo Resende, presidente do Comitê Organizador Local

“nesta terça-feira (19) temos a ginástica artística como a modalidade mais vitoriosa da confederação, mas não tenho dúvida que, em breve, a ginástica rítmica, por tudo que está sendo feito, pelo número de praticantes da modalidade, vai ser um ponto forte nos próximos anos”, completou.

Para se tornar a sede do Mundial, foi feito um investimento de cerca de R$ 20 milhões. O Governo Rio de Janeiro colocou R$ 15 milhões e houve mais R$ 2,06 milhões do Ministério do Esporte — R$ 1 milhão foi usado na campanha que consolidou o Brasil como país-sede, R$ 570 mil foram investidos para estruturar os treinamentos das seleções, e R$ 490 mil na aquisição de três tablados oficiais.

Foram adquiridos 16 tablados e há 2 mil pessoas trabalhando no projeto, fora 300 voluntários.

Já temos um legado muito importante. Foram adquiridos 16 tablados novos, e vamos, claro, renovar os nossos equipamentos dos [campeonatos] nacionais, o nosso CT, e todos os tablados que usávamos vão ser doados para os centros de treinamento de ginástica, e vão ser implantados novos centros de treinamento. Isso, de fato, vai ao encontro do fomento da prática da ginástica.Ricardo Resende

“nesta terça-feira (19), a Confederação Brasileira de Ginástica está em todos os estados do Brasil, com exceção do Amapá, temos profissionais que acompanham o desenvolvimento esportivo de cada centro de treinamento desse, faz a coordenação, acompanha semanalmente o que está passando. Se você for fazer um recorte aí da nossa seleção, acredito diversos passaram por projetos sociais por esses centros e vamos aproveitar todo esse legado que está aqui pra fazer a destinação correta desses equipamentos”, pontuou Ricardo.

No ano que vem, o Brasil será sede do Pan-Americano de de Ginástica Artística, Rítmica e Aeróbica. “Para o Campeonato Pan-Americano de Ginástica Artística, no próximo ano, pegamos exatamente para fazer a compra de equipamentos, renovar os nossos equipamentos, porque quando sediamos um torneio desse, temos 80% de desconto na compra, e precisamos renovar os nossos equipamentos nacionais, Esse legado aqui de trazer esse Mundial envolve todos esses equipamentos que vão ficar para o desenvolvimento da ginástica”.