SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez novos elogios à gestão de Guilherme Derrite à frente da SSP (Secretaria da Segurança Pública) e disse a novos policiais civis que “tem que tirar vagabundo da rua”.
A declaração foi feita durante a cerimônia de posse de 1.458 policiais civis, realizada na manhã desta terça-feira (19) no Memorial da América Latina, na zona oeste da capital paulista, para saudar os novos agentes.
“Pode reparar que hoje todos os crimes de grande repercussão estão sendo elucidados. O nível de resolutividade é gigantesco, e isso faz com que, primeiro, a gente tire o vagabundo da rua. A gente tem que tirar o vagabundo da rua, a gente tem que tirar o marginal da rua, porque o cidadão de bem não aguenta mais”, disse Tarcísio. “A gente tem que devolver a cidade para as pessoas, tem que devolver a paz.”
A fala do governador, que também elogiou o chefe da SSP a evangélicos em evento na noite de segunda-feira (18), ocorre dias depois de mais um caso de violência policial. Como mostrou a Folha, um PM agrediu um homem já rendido na noite de domingo (17), em Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. Segundo familiares, os policiais presentes no local não prestaram socorro. A SSP não respondeu se os agentes usavam câmeras.
Já nesta terça, Tarcísio falou sobre a redução de estatísticas como roubos gerais e de carga e as mínimas históricas de homicídio no estado. “Agradecer muito pelo trabalho do Guilherme Derrite, um trabalho profissional, corajoso, que está evidenciado na diminuição das estatísticas.”
O governador e o secretário, no entanto, deixaram o evento desta terça sem falar com a imprensa.
A capital teve 268 vítimas de homicídio no primeiro semestre deste ano, marca mais alta desde 2021, que teve 318 casos. Em junho, foram 15 desses mortos foram registrados a partir de ossadas encontradas em um cemitério clandestino na zona sul. Mesmo sem esses corpos, o indicador do período já ficaria mais alto do que o do ano passado, que teve 232 assassinados.



