da redação
Em Washington, nesta segunda-feira (18), líderes dos Estados Unidos e da Europa se reuniram na Casa Branca em busca de saídas para o impasse entre Rússia e Ucrânia. O encontro, conduzido por Donald Trump no Salão Leste, concentrou-se em uma questão central: como garantir a segurança ucraniana e, ao mesmo tempo, preservar a estabilidade do continente europeu.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, foi categórico ao afirmar que a defesa da Ucrânia é também a defesa da Europa. Emmanuel Macron sugeriu ampliar o formato das negociações, defendendo a presença formal de um representante europeu ao lado de Washington, Moscou e Kiev. Já Giorgia Meloni reforçou que não há chance de avanço sem garantias sólidas.
Trump afirmou acreditar que Vladimir Putin estaria aberto a discutir mecanismos de proteção para Kiev, incluindo até mesmo a presença de forças internacionais, hipótese rejeitada no passado por Moscou. Entre as propostas em debate, está a criação de um pacto que ofereça salvaguardas semelhantes às da OTAN, mas sem a adesão plena da Ucrânia — ponto sensível para o Kremlin.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, presente na reunião, cobrou apoio militar contínuo e deixou claro que não aceita abrir mão de territórios. A Crimeia, ocupada desde 2014, foi citada como exemplo de algo “inaceitável”.
A reunião ocorre após Trump ter encontrado Putin dias antes, quando descartou a entrada da Ucrânia na OTAN e a devolução da Crimeia, posições que inquietaram aliados. Mesmo assim, as potências europeias mantiveram o alinhamento em defesa da integridade territorial ucraniana.
Apesar das divergências, o encontro pode abrir caminho para um novo arranjo de segurança regional. O modelo em discussão tenta equilibrar a necessidade de proteger Kiev, atender parte das exigências de Moscou e evitar uma escalada direta da OTAN no conflito.