RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou nesta segunda-feira (18) que contratou um limite de crédito no valor total de R$ 1 bilhão para o Grupo Boticário, dono de marcas como O Boticário, de perfumes e cosméticos.

Em nota divulgada à imprensa, o banco afirmou que a intenção é apoiar o projeto de expansão da empresa, cuja sede fica no Paraná. O comunicado não detalha taxas de juro nem prazos de pagamento.

Questionado pela reportagem, o BNDES disse que aprovou uma linha de crédito para a companhia e que essas condições serão determinadas conforme os recursos forem utilizados. Ainda não houve a primeira solicitação, de acordo com o banco.

A instituição prevê o apoio à empresa dentro do programa BNDES Máquinas e Serviços. O Grupo Boticário poderá adquirir, por exemplo, bens industrializados e serviços nacionais, além de equipamentos importados com impossibilidade de fornecimento similar no país.

As condições de crédito nesse programa variam de acordo com o tipo de operação, conforme informações disponíveis no site do banco.

“A linha de financiamento aprovada visa apoiar e ampliar a capacidade e modernização do parque de equipamentos fabril e logístico do Grupo Boticário, além da compra de materiais e insumos, em continuidade ao movimento de expansão e melhoria do nosso ecossistema de beleza”, disse o executivo Marcelo Azevedo, que atua como CFO (diretor financeiro, em inglês) da empresa.

A lista de marcas da companhia também inclui negócios como Quem Disse, Berenice?, Vult, Dr. Jones e Truss. São cerca de 21 mil empregos diretos.

“A missão do BNDES é promover o desenvolvimento econômico e social do país, o que inclui o apoio para o fortalecimento e a expansão da indústria nacional, como estamos fazendo com a nova política industrial do governo do presidente Lula”, disse o presidente do banco, Aloizio Mercadante.

Lula defende uma atuação fortalecida da instituição, com medidas de suporte a diferentes setores da economia, mas a posição é vista com ressalvas por uma ala de analistas. Eles temem um inchaço do BNDES e uma volta de políticas adotadas por gestões petistas no passado.

A direção do banco já rebateu as críticas em mais de uma ocasião, dizendo, por exemplo, que mira segmentos como inovação e transição energética.

O BNDES desembolsou R$ 25,2 bilhões em financiamentos no primeiro trimestre de 2025. O montante cresceu 8% ante igual período do ano passado.