CAMPINAS, SP (FOLHAPRESS) – Foi preso na madrugada deste sábado (16) o policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu pela morte do marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, 26, em Parelheiros, na zona sul da capital paulista. O crime aconteceu no dia 4 de julho.

A prisão foi publicada pelo UOL e confirmada pela Folha. Almeida foi detido em casa horas após o TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decretar sua prisão preventiva. Ele foi levado para o presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na zona norte. A defesa não foi localizada.

O PM é acusado de homicídio qualificado e tentativa de homicídio pela ação que terminou na morte de Guilherme. O jovem negro corria para pegar um ônibus na Estrada Ecoturística de Parelheiros, quando foi perseguido e baleado pelas costas. Foram três disparos, um deles na cabeça.

O agente prestou depoimento também neste sábado, antes de ser conduzido à detenção. O caso é investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

A Secretaria de Segurança Pública foi procurada por meio de sua assessoria de imprensa na madrugada deste domingo (17), mas ainda não respondeu à solicitação.

No despacho do judiciário, a juíza Paula Marie Konno cita que a ação do PM, que estava de folga, também deixou outra pessoa ferida, a transeunte Millena Sousa Vieira, que estava no ponto de ônibus e recebeu um tiro no braço. “A gravidade concreta do crime e a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi, constituem fundamentação idônea para a decretação da custódia preventiva”, disse a magistrada.

Embora tenha sido liberado após fiança de pouco mais de R$ 6 mil à época, o PM agora permanecerá preso, uma vez que pesa contra ela uma acusação por homicídio doloso –inafiançável portanto.