Walison Veríssimo
Durante agenda em Goiânia nesta quinta-feira (14), o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque afirmou que o Cidadania está perto de formalizar uma federação partidária com o PSB. A partir dessa composição, segundo ele, a tendência é que a legenda caminhe ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso ele concorra à reeleição.
“Hoje, diante das opções que temos, prefiro o Lula. Não porque não quisesse ver alguém mais jovem, mas comparando com as alternativas, essa é a melhor escolha”, declarou Buarque, antes de participar do congresso municipal do partido na Assembleia Legislativa. Ele admitiu que a decisão ainda será debatida internamente, já que há integrantes da sigla próximos ao bolsonarismo, mas disse que a maior parte da direção apoia o alinhamento com o PSB.
O ex-ministro também demonstrou simpatia pela permanência de Geraldo Alckmin na vice-presidência, repetindo a chapa que venceu em 2022. “Não acharia ruim que ele fosse até candidato a presidente, se Lula decidisse não disputar”, afirmou.
Análise do cenário político
Ao falar sobre as eleições presidenciais, Buarque fez referência ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como possível nome para 2026. “O Brasil está tão cansado de homeopatas que talvez queira agora um ortopedista”, disse, em alusão à especialidade médica do governador. Apesar disso, avaliou que Caiado teria dificuldade em herdar o eleitorado de Jair Bolsonaro. “Mesmo preso, talvez até mais forte preso, Bolsonaro ainda é o único que unifica a direita.”