SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Antes do diagnóstico recente de hérnia inguinal, o atacante Yuri Alberto atuou com dores por duas semanas no Corinthians. No entanto, o problema já acompanha o atleta há algum tempo, desde sua passagem pelo Zenit, da Rússia, em 2022.

YURI TEM HISTÓRICO DE HÉRNIA

Como o jogador havia retornado há pouco tempo de outra lesão —uma fratura na coluna-, as queixas eram consideradas naturais pelo departamento médico. Isso porque a falta de ritmo pode gerar dores na região da virilha ou púbis.

Em entrevista ao UOL, o Dr. André Jorge, chefe do departamento médico do clube, revelou que não havia diagnóstico fechado até a piora do quadro do jogador após a partida contra o Juventude, na última segunda-feira, que terminou com derrota do Timão por 2 a 1.

Além disso, a informação do histórico de hérnia do jogador também foi posterior aos primeiros sintomas apresentados por ele, de acordo com o médico do Alvinegro.

“As dores que ele tinha antes eram dores pós-jogo, naturais, e não passava pela nossa cabeça um diagnóstico de hérnia. Depois, ele nos disse que já havia tido diagnóstico na Rússia e no fim de 2023. A hérnia inguinal é uma doença do atleta, controlada clinicamente até que se torne muito sintomática. Quando isso acontece, perde-se o controle da dor, o atleta para de performar e é preciso agir para evitar prejuízo para ele e para o clube”, disse André Jorge, chefe do DM do Corinthians, ao UOL.

A cirurgia de Yuri foi realizada na madrugada da última quarta-feira (13), justamente por conta das dores agudas. Segundo o médico do Timão, a urgência não foi pelo risco clínico, mas para acelerar a recuperação do jogador. A decisão foi tomada comum acordo com a família do atleta e com o médico Walter Ayres, cirurgião especialista do aparelho digestivo.

Após o jogo contra o Juventude, ele estava fatigado e com dor mais intensa no púbis e abdômen. No dia seguinte, a dor piorou muito, e aí sim, com o diagnóstico fechado, optamos pela cirurgia. Optamos por operar de imediato para não perder tempo de recuperação de um atleta tão importante. Foi uma decisão conjunta com a família, o hospital e o cirurgião.André Jorge

Já em recuperação após o procedimento cirúrgico, o jogador deve ficar afastado dos treinos por pelo menos um mês. O DM trabalha com essa previsão tendo como base os casos do zagueiro Gustavo Henrique e do lateral Hugo.