WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – Familiares do ministro Alexandre Padilha (Saúde) tiveram o visto aos Estados Unidos cancelado, segundo informou o próprio consulado do país em São Paulo aos parentes.

A medida foi tomada dois dias depois de o Departamento de Estado do governo Donald Trump cancelar o visto de funcionários que implementaram o Mais Médicos.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, Padilha havia sido incluído na lista. O ministro, porém, está com o visto vencido, por isso a medida não o atingiu.

A mulher a filha de Padilha receberam comunicados dizendo que “surgiram informações de que o senhor pode estar inelegível para o visto”. A informação foi antecipada pelo G1 e confirmada pela Folha de S.Paulo.

Na quarta (13), o Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou que revogaria vistos de autoridades brasileiras e ex-funcionários da Opas (Organização Pan Americana de Saúde) que tivessem atuado na contratação de médicos cubanos no Mais Médicos.

A gestão Trump afirmou que havia revogado os vistos de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. O Departamento de Estado justificou a medida porque ambos “trabalharam no Ministério da Saúde do Brasil durante o programa Mais Médicos e desempenharam um papel no planejamento e na implementação do programa”.

Mozart é atualmente secretário de Atenção Especializada à Saúde e muito próximo do ministro Alexandre Padilha (Saúde). Já Kleiman é coordenador-geral para COP30 da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), organização intergovernamental da qual fazem parte os governos de países que têm floresta amazônica em seus territórios.

O Mais Médicos foi implementado em 2013, durante o governo Dilma Rousseff. À época, Padilha também era ministro da Saúde e os afetados nesta quarta pela decisão dos EUA trabalhavam com ele.