Da redação

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), André Rocha, avaliou de forma positiva o pacote emergencial “Brasil Soberano”, lançado pelo governo federal para minimizar os impactos do aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Apesar disso, ele alerta que problemas estruturais podem limitar o alcance das medidas.

Entre os principais pontos, Rocha destaca a necessidade de que os recursos cheguem rapidamente à indústria e que os programas anunciados sejam realmente acessíveis, sobretudo para pequenas e médias empresas. Ele também defende que o Brasil fortaleça sua estratégia diplomática e a articulação internacional para tentar reverter a decisão norte-americana.

O dirigente considera acertada a postura do governo brasileiro em não adotar retaliações imediatas, entendendo que isso preserva o canal de diálogo. Ainda assim, afirma que, em Goiás, as ações anunciadas não terão efeito amplo e que empresas mais afetadas precisarão de apoio adicional tanto do governo federal quanto do estadual.

O plano “Brasil Soberano” inclui um crédito emergencial de R$ 30 bilhões, ampliação do Reintegra, flexibilização do drawback e reforço ao seguro de exportações, entre outras iniciativas. Goiás está entre os estados mais prejudicados pelo tarifaço, já que exporta para os EUA produtos industrializados, alimentos processados e máquinas agrícolas.