SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – As Forças de Defesa de Israel continuam sua ofensiva na Cidade de Gaza, região mais populosa do enclave, ordenando evacuações e fazendo novos bombardeios nesta sexta-feira (15).

População do bairro de Zeitoun recebeu avisos em panfletos jogados por helicópteros do exército. “Forças de defesa expandem suas operações para o oeste. Para a sua segurança, evacue a área”, diz o documento.

Avanço na capital do enclave foi intensificado na última semana, após Netanyahu anunciar o plano de “tomada total” da cidade. A Cidade de Gaza faz parte dos 25% do enclave que não estão sob domínio do exército de Israel. Cerca de 800 mil pessoas vivem no local, quase metade da população de dois milhões de palestinos na área.

Dezesseis pessoas morreram nas últimas 24 horas em Gaza, cinco delas tentando coletar ajuda humanitária. As informações foram dadas por fontes médicas ao canal Al Jazeera.

Mais de 200 pessoas morreram por fome na região desde o início da guerra. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nega que a fome seja planejada e continua a acusar o grupo extremista Hamas de impedir a entrada de alimentos no enclave.

NETANYAHU NEGA GENOCÍDIO EM GAZA

“Se eu quisesse fazer genocídio, teria derrotado Gaza em uma tarde”, diz Netanyahu. Em entrevista dada ontem ao conservador americano Mark Levin, o primeiro-ministro afirmou que “oposto de uma política de fome”.

Netanyahu também falou que a Organização das Nações Unidas “se recusa a cooperar” na distribuição de alimentos. Nesta semana, a ONU afirmou que a região vive “desnutrição generalizada”.

Israel proibiu a entrada de alimentos por dois meses e meio em Gaza. A medida seria uma ação tática para tentar liberar reféns que seguem no enclave e agravou a situação humanitária na região.