SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo identificou na quarta-feira (13) um dos cinco homens que atacaram o CT do Palmeiras, na zona oeste da cidade, com bombas e rojões, na madrugada do último domingo (10). De acordo com as autoridades, trata-se de Gabriel de Oliveira Vieira, ex-integrante da Mancha Alviverde, maior torcida organizada do clube.
Ele foi levado à Drade (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), onde foi indiciado por dano, tumulto e colocação de pessoas em perigo. O homem vai responder pelos crimes em liberdade porque não houve flagrante para sua prisão.
O veículo que ele dirigia no ataque foi localizado e apreendido. Câmeras de segurança gravaram o momento em que o local foi alvo dos torcedores e o deslocamento do veículo por vias da cidade.
O delegado Rodrigo Correa Baptista, titular da Drade, disse ao portal G1 que Gabriel contou ser ex-membro da Mancha e confirmou que participou do ataque junto com outro quatro torcedores. Seus nomes, porém, não foram revelados pelas autoridades.
De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado pela eliminação do Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Brasil após duas derrotas para o Corinthians -1 a 0 na casa do adversário e 2 a 0 diante dos torcedores palmeirenses.
Apesar da violência do ataque, ninguém ficou ferido. Jogadores, membros da comissão técnica e alguns funcionários do clube estavam no local no momento do crime, concentrados para uma partida pelo Campeonato Brasileiro no mesmo dia.
A presidente do time alviverde, Leila Pereira, publicou uma nota em seu Instagram no final de semana na qual descreveu o ataque como um “atentado terrorista”.
“O Palmeiras não se intimidará diante dos atos violentos praticados por um grupo de criminosos e irá até o fim para que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei”, escreveu a dirigente.