SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um ônibus da linha Vargem Grande – Terminal Santo Amaro, operado pela Viação Grajaú, foi atacado e incendiado na noite desta quarta-feira (13) na Estrada da Colônia Mário Reimberg Christe, em Parelheiros, em São Paulo.

Testemunhas disseram que um grupo de pessoas ateou fogo quando passageiros ainda estavam no veículo.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram o momento do ataque, com cenas de desespero por parte de passageiros. “Desce, desce, desce”, gritam homens que estavam do lado de fora e presenciaram o ato de vandalismo.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), policiais militares foram acionados para acompanhar uma manifestação no local. “Durante o protesto, um grupo de criminosos depredou um ônibus e, em seguida, ateou fogo no veículo enquanto o motorista e passageiros ainda estavam a bordo. Todos conseguiram sair a tempo e não houve feridos.”

Uma viatura da PM foi danificada, os agentes foram hostilizados e ninguém foi preso. O caso foi registrado no 101º Distrito Policial (Jardim Imbuias) como tentativa de homicídio, dano, incêndio e atentado contra a segurança de outro meio de transporte.

Antes de ser destruído pelo fogo, o ônibus teve portas e vidros quebrados por um grupo armado com pedras e pedaços de pau. Não há, até o momento, informações sobre feridos.

Segundo a SPTrans, empresa que gerencia o transporte público sobre ônibus na cidade de São Paulo, o ataque ocorreu no início da noite e a Estrada da Colônia foi parcialmente liberada para circulação de veículos às 21h40. Às 23h houve a liberação total.

“A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte e a SPTrans repudiaram o ato de vandalismo registrado na quarta-feira (13) envolvendo um ônibus da Viação Grajaú, que operava pela linha 6091/10 Vargem Grande – Term. Sto. Amaro. A Polícia Militar foi acionada”, diz nota oficial sobre o ocorrido.

Quatro linhas que circulam na Estrada da Colônia foram prejudicadas até as 3h30 desta quinta-feira (14). São elas a Jd. Sta. Terezinha – Term. Varginha, a Barragem – Term. Parelheiros, a Vargem Grande – Term. Sto. Amaro e a Vargem Grande – Term. Grajaú.

A capital paulista e a região metropolitana vivem há dois meses uma onda de ataques com pedras a ônibus, com quase mil registros. A polícia segue atrás dos responsáveis pelos atos, que já deixaram feridos.

Dados da SPTrans indicam 626 ataques de 12 de junho até o último domingo (10). Já a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) conta 341 casos na Grande São Paulo desde 1º de junho.

As investigações seguem sob responsabilidade do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Civil, com apoio de unidades regionais e da Divisão de Crimes Cibernéticos, diz a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.