SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Após pedido da defesa, o ministro Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a sair de casa para fazer exames médicos.

Moraes autorizou Bolsonaro a ir ao hospital DF Star, em Brasília, no sábado (16). O ministro determinou que o ex-presidente apresente um atestado de comparecimento no prazo de 48 horas após a finalização dos exames, com a data e horários dos atendimentos.

Defesa relatou a necessidade de reavaliação dos sintomas de refluxo e soluços. Por isso, pediu a saída temporária da prisão domiciliar para “verificação das condições atuais de saúde” de Bolsonaro.

Os advogados pediram a realização de exames de sangue e imagem. São eles: coleta de sangue, coleta de urina, endoscopia digestiva alta em função de CID 10 K20, tomografia computadorizada de tórax, abdome e pelve, ecocardiograma transtorácico e ultrassonografia.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, por determinação de Moraes. O ministro considerou que o ex-presidente descumpriu as medidas cautelares ao participar de manifestação por chamada de vídeo e produzir “conteúdo pré-fabricado” para aliados nas redes sociais. Ele está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e não pode sair de casa.

Ex-presidente teve problemas de saúde no início de julho. Na ocasião, ele passou por exames e cancelou todos os compromissos políticos devido a uma esofagite (inflamação no esôfago). Ele também teve um quadro de pneumonia em junho.

Moraes também acatou o pedido da defesa para que Bolsonaro receba visitas de quatro aliados. O senador Rogério Marinho (PL-RN), o deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ), o deputado estadual Tomé Abduch (Republicanos-SP) e o vice-prefeito de São Paulo, Ricardo Mello Araújo (PL), estão autorizados a ir a casa dele entre os dias 22 e 27 de agosto.

Bolsonaro pode receber visitas de advogados e familiares. Já os demais visitantes devem pedir autorização ao STF. Quem for à casa do ex-presidente está proibido de usar o celular, tirar fotos ou fazer gravações.

Até o momento, o único pedido negado por Moraes foi o do deputado Gustavo Gayer (PL-GO), que é investigado pelo STF. O ex-presidente já recebeu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira.