SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A maioria dos presos em uma operação contra roubo a condomínios de alto padrão, nesta terça-feira, faz parte do PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a Polícia Civil de São Paulo.
Agentes da 1ª Cerco (Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas) cumpriram 15 de 17 mandados de prisão e outros 51 de busca e apreensão na capital paulista e na Grande São Paulo durante a manhã. Outros dois suspeitos foram presos em flagrante.
A polícia começou as investigações a partir de um roubo a um condomínio na região da Santa Cecília, no centro, em 13 de maio.
Nove dias depois, o suspeito apontado pela polícia como mentor do roubo foi preso. Ele foi identificado pela polícia como Cleudson da Silva, o Zangado, que se declarou integrante do PCC. “Ele foi responsável por montar o tabuleiro e chamou pessoas conhecidas dele para invadir o condomínio”, afirmou o delegado Ronaldo Quene, da Cerco. A Folha não localizou a defesa de Cleudson.
Também de acordo com o delegado, dos 17 presos nesta terça, 15 se declararam integrantes da facção.
Os suspeitos presos eram todos experientes, segundo os policiais. “É um grupo estruturado. Usaram balaclavas, máscaras, luvas, produtos químicos nas pontas dos dedos, veículos blindados e com placas adulteradas, renderam portaria”, disse Quene.
Além disso, de acordo com o delegado-geral, Artur Dian, 13 dos 15 presos já tinham passagem pela polícia. “São reincidentes por crimes de roubo, porte de arma e tráfico de entorpecentes.” O chefe da Polícia Civil afirmou também que as investigações vão prosseguir.
Depois da detenção de Cleudson, não houve outros roubos, de acordo com a polícia, e a investigação avançou rumo aos outros integrantes da quadrilha.
Os policiais estimam em R$ 3 milhões o valor das joias roubadas pela quadrilha. Além das pedras preciosas, havia, entre os objetos apreendidos, celulares, tablets, relógios, armas, bebidas alcoólicas, uniformes usados pelos assaltantes e bolsas de grife, além de dinheiro em espécie e de um aparelho usado para testar diamantes.
De acordo com o delegado Quene, um dos presos nesta terça atuava como receptador.