SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo faz uma operação contra uma quadrilha especializada em roubo a condomínios na manhã desta terça-feira (12). A Operação Shalom cumpre 17 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão em São Paulo, Diadema, Cotia, Jundiaí, Guarulhos e Osasco.

Até o momento, 15 suspeitos foram presos —dois deles eram foragidos da Justiça. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, 308 policiais civis participam da ação.

A investigação que deu início à operação começou após um roubo a condomínio de alto padrão na Santa Cecília, bairro da região central da capital paulista, em maio deste ano, segundo o delegado Ronald Quene, da 1ª Cerco (Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas).

No caso, os criminosos foram ao local na noite anterior à invasão usando uniformes de empresa de telefonia para cortar os cabos de internet, interrompendo o funcionamento dos sistema de monitoramento.

Já para entrar no local no dia do roubo, usaram placas clonadas com as mesmas informações dos carros dos moradores. Depois, renderam as vítimas e roubaram dinheiro, joias e relógios.

O codinome da operação, segundo o governo, remete à palavra usada como saudação e despedida por judeus, que seriam os principais alvos da quadrilha.

Na semana passada, criminosos invadiram um condomínio em Moema e renderam um homem de 63 anos que entrou no próprio apartamento e foi surpreendido pelos assaltantes. Eles levaram dinheiro, cartões bancários e outros pertences, e fugiram do local com o carro da vítima. O caso ocorreu dias depois de um grupo de 15 homens armados invadir um prédio na mesma rua.

Levantamento da Folha mostrou que bairros ricos da capital, como Morumbi e Campo Belo, concentram os roubos a residências, apesar da queda geral. Os casos também se concentraram em locais como Vila Clementino, Cambuci e Pinheiros, os três no centro expandido da capital.

O método do assalto a residências varia de acordo com a quadrilha. Há grupos que levam tudo o que podem carregar da casa, e chegam a simular uma espécie de mudança.

Outros têm preferências por cofres, joias e dinheiro em espécie. Muitas vezes fogem com os pertences no próprio carro da vítima.