BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo Lula (PT) realizou nesta segunda-feira (11) a entrega do Prêmio MEC de Educação Brasileira, iniciativa do Ministério da Educação que destinou R$ 16 milhões em prêmios para alunos, escolas, estados e municípios que se destacaram em índices educacionais.
Em cerimônia lotada no salão nobre do Palácio do Planalto, espaço usado para os eventos de maior porte, Lula e o ministro da Educação, Camilo Santana, entregaram os prêmios -que iam de R$ 100 mil a R$ 300 mil conforme a categoria– a representantes de quatro estados, 35 municípios e 20 escolas.
O Ceará, estado de Camilo, levou 4 dos 7 prêmios em que os estados concorreram, acumulando um total de R$ 2 milhões. No evento, foi representado pelo atual governador, Elmano de Freitas (PT).
Os critérios de participação incluíram o desempenho em índices educacionais e indicativos socioeconômicos, sem abertura de editais ou necessidade de inscrição.
Entre os critérios, era necessário ser da rede pública e com acesso universal (sem seleção para ingresso), estar vinculada à secretaria estadual ou municipal de educação, ter baixo Inse (Índice de Nível Socioeconômico das Escolas Brasileiras), como critério de vulnerabilidade, e apresentar percentual de preenchimento das informações de raça/cor no Censo Escolar 2024 acima de 90%.
Os vencedores da edição de 2025 foram selecionados com base em indicadores oficiais da educação básica, como o Censo Escolar, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), a Avaliação da Alfabetização e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), além do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os recursos serão repassados conforme regulamento específico: para estados e municípios, por meio do Plano de Ações Articuladas, enquanto para as escolas, pelo Programa Dinheiro Direto na Escola, com prestação de contas que rege esses programas.
Os governadores do Piauí, Rafael Fonteles (PT), e de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), também estiveram presentes e levaram os outros prêmios destinados aos estados, nas categorias educação profissional e tecnológica e educação em tempo integral, respectivamente.
Goiás saiu vencedor dos resultados do ensino médio.
Com orquestra sinfônica, brindes e entrega de iPhones e iPads aos alunos premiados, o evento teve maior presença de representantes das instituições do país, e poucos ministros, diferentemente de outros eventos realizados por Lula no Planalto. Desta vez, além de Camilo, apenas a ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) compareceu.
A obra de arte que serviu de base para as estatuetas entregues na cerimônia foi “No Meu Céu Ainda Brilham Estrelas”, do artista plástico Flávio Cerqueira, que também compareceu e fez fotos ao lado de Lula. A obra em questão chegou a ser avaliada em US$ 50 mil (cerca de R$ 272 mil, na cotação atual).
No evento, Lula disse que a premiação estimula a competitividade e direcionou suas falas aos alunos, voltando a mandar recados sobre soberania. O discurso tem sido reforçado pelo governo desde o começo do conflito comercial com os Estados Unidos.
“Esse país está precisando de todos nós porque o mundo está ficando mais perverso, mais nervoso e nós precisamos de um país mais soberano”, disse ao final das falas.
Camilo, por sua vez, classificou a premiação como uma ação republicana e que o prêmio não dependia dos “partidos dos prefeitos”.
O Prêmio MEC da Educação Brasileira foi instituído por meio de decreto neste ano e consagrou as categorias de Educação Infantil, Alfabetização, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), Educação em Tempo Integral e Educação Profissional e Tecnológica.
Todas as análises foram realizadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), sem abertura de editais ou inscrição prévia.
Conforme o decreto, o prêmio será anual, com objetivo de incentivar a adoção de políticas, programas, estratégias e iniciativas destinados à melhoria da qualidade da aprendizagem na educação básica, em alinhamento ao PNE (Plano Nacional de Educação).
Veja todas as categorias
Educação infantil; Alfabetização; Anos iniciais do ensino fundamental; Anos finais do ensino fundamental; Ensino médio; Enem; Educação em tempo integral; Educação profissional e tecnológica.