RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O primeiro turno do Brasileiro termina nesta segunda-feira (11) com vários asteriscos.
Juventude e Corinthians completam a 19ª rodada de um campeonato cujo retrato ainda reflete as adaptações para o Mundial de Clubes e os efeitos dos playoffs da Sul-Americana. Faltam 13 jogos por disputar para completar os 190 do turno completo.
Mas já é possível perceber algumas tendências e reconhecer surpresas.
Primeiro, o campeonato reforça os dez anos da disputa constante de Flamengo e Palmeiras na briga pelo título. Desde 2016, Flamengo e Palmeiras, juntos, venceram seis dos nove títulos disputados. E pelo menos um deles esteve na briga pelo título nos outros três Corinthians (2017), Atlético-MG (2021) e Botafogo (2024) foram os outros campeões no período.
O TURNO DO FAVORITOS
O investimento alto de Flamengo e Palmeiras, somado ao do Cruzeiro, se reflete na tabela. Ainda com um jogo a menos do que a maioria diante do lanterna Sport, o Flamengo fechou o turno na liderança.
O Fla abriu três pontos sobre o Cruzeiro e quatro sobre o Palmeiras, com dois jogos a menos. Então, mesmo se o time de Filipe Luís e o Palmeiras vencerem os jogos que restam para completar 19 partidas, o rubro-negro teria um ponto a mais.
Três dos cinco primeiros colocados, aliás, estiveram no Mundial de Clubes: Flamengo (1º), Palmeiras (3º) e Botafogo (5º). O Fluminense emendou uma sequência de derrotas após ser semifinalista e caiu para nono (com dois jogos a menos).
O ARTILHEIRO
Kaio Jorge terminou o turno como artilheiro do Brasileiro, com 13 gols. A fase é ótima, apesar das derrapadas recentes do Cruzeiro, que permitiram ao Flamengo abrir uma gordurinha na frente.
Vegetti e Arrascaeta, de Vasco e Flamengo, chegaram a dez gols e são os concorrentes mais próximos.
O MAIS EFICIENTE
O Flamengo tem o melhor ataque, com 33 gols, e a melhor defesa (oito gols cedidos). O Fla também é o time que menos perdeu: foram duas derrotas até agora, para Santos e Cruzeiro.
Mas o time em melhor momento é o São Paulo: desde a chegada do técnico Hernán Crespo, já são cinco vitórias seguidas (pelo Brasileirão, já que o time foi eliminado na Copa do Brasil no meio da semana).
Por outro lado, o Juventude foi quem mais perdeu: 11 derrotas, número que ainda pode aumentar nesta segunda-feira (11).
A SURPRESA
O Mirassol é a maior zebra do campeonato até aqui. Para quem apontava, antes do campeonato, que o time do interior de São Paulo já estaria “condenado” a voltar à Série B, o saldo é muito, mas muito diferente. O time está em sexto, vinha de uma série de nove jogos sem perder e só caiu no jogo passado, contra o Flamengo, no Maracanã.
Nesse Mirassol, é preciso destacar o trabalho do técnico Rafael Guanaes. Ele até ganhou o reforço recente do centroavante Chico da Costa, que pinta como destaque do time.
QUEDA LIVRE
O time que perdeu as asas depois do Mundial de Clubes é o Red Bull Bragantino. Chegou a brigar pela liderança, mas engatou cinco derrotas consecutivas até o momento.
JÁ TEM UM REBAIXADO? CALMA
O Sport não vai ser o pior time em um turno da era dos pontos corridos. Mas só no 17º jogo válido pela 19ª rodada é que conseguiu vencer a primeira: pior para o Grêmio, em plena Arena.
Faz parte da reação sob o comando do técnico Daniel Paulista. Mas será que vai ter perna para sair do Z4? A distância no momento é de nove pontos para o Vitória, primeiro time fora da zona.
CASA CHEIA
Os cinco maiores públicos do Brasileirão até o momento são de jogos com a presença do Flamengo os quatro primeiros tiveram o rubro-negro como mandante.
O recorde é o Flamengo x São Paulo, com 63.330 pagantes e que também teve a maior renda bruta (R$ 4.693.377,50).
Já o menor público foi o Red Bull Bragantino x Ceará, com 2.516 pagantes.
OS JOGOS QUE FICARAM PARA TRÁS
Fluminense x Ceará
Botafogo x Mirassol
Palmeiras x Juventude
Sport x Flamengo
Santos x Palmeiras
Mirassol x Fluminense
Juventude x Vasco
Atlético-MG x Sport
Bahia x Internacional
Vasco x Bahia
Atlético-MG x Fortaleza
Grêmio x Botafogo
Juventude x Corinthians (nesta segunda-feira)
A CBF vai encaixar os jogos restantes em datas de meio de semana, quando os times envolvidos não estiverem em Libertadores ou Copa do Brasil.