SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A reportagem ouviu a opinião de ex-árbitros sobre os dois lances mais polêmicos deste domingo (10) no Brasileiro: o pênalti marcado para o Palmeiras contra o Ceará e o gol anulado do Cruzeiro diante do Santos.

PÊNALTI PARA O PALMEIRAS

O Palmeiras teve um pênalti marcado após a bola tocar no braço do zagueiro Willian Machado. O lance aconteceu no segundo tempo, quando o Ceará vencia por 1 a 0.

O árbitro Lucas Paulo Torezin não marcou em campo, mas foi chamado por Igor Junio Benevenuto, VAR da partida, para revisar o lance. Ele decidiu marcar o pênalti.

Flaco López converteu a cobrança e empatou o jogo. Mais tarde, Vitor Roque fez o segundo e definiu a vitória palmeirense por 2 a 1 no Allianz Parque.

“Pela determinação que os árbitros recebem, ele tem de marcar o pênalti a favor do Palmeiras. Por mais que eu discorde. É uma determinação absurda ao meu ver, mas tem de marcar”, disse Alfredo Loebeling.

“Não houve pênalti. O jogador estava disputando a bola e seu braço estava em posição compatível com o movimento para disputar a bola. Braço em posição natural. Toque acidental. Erraram o VAR e o árbitro, grosseiramente. Não se analisa esse tipo de lance em câmera lenta”, falou Manoel Serapião.

“Houve pênalti para o Palmeiras já que o jogador do Ceará estava com o braço bem distante do corpo, criando um aumento do seu espaço físico e levando vantagem por estar assim”, afirma Emídio Marques.

“O pênalti aconteceu. O jogador do Ceará está com o braço aberto, aumentando o seu espaço. Não tem discussão um pênalti desse tipo”, diz João Paulo Araújo.

Foi marcado corretamente. O atleta do Ceará estava com o braço aberto, ganhando espaço, lance que deveria ser assinalado sem ajuda do VAR, que está dirigindo as partidas de futebol. Sem ele, os árbitros não conseguem dirigir uma partida. Ulisses Tavares

A CBF divulgou o áudio do VAR e considerou que o jogador amplia “o espaço corporal, toca a mão na bola” —o juiz ainda queria dar um amarelo, mas o VAR foi contra.

GOL ANULADO DO CRUZEIRO

O Cruzeiro ficou na bronca com Wilton Pereira Sampaio por um gol anulado no jogo contra o Santos. A equipe paulista venceu o duelo por 2 a 1, de virada, no Mineirão.

O lance aconteceu no segundo tempo. Matheus Pereira disputou a bola com Zé Rafael, que caiu. A bola ficou com Kaio Jorge, que anotou o gol —o jogo estava 1 a 1 àquela altura.

Wilton validou o gol em campo, mas foi chamado por Paulo Renato Moreira da Silva, VAR do jogo, para revisar. Ele reviu o lance e decidiu marcar falta de Matheus Pereira em Zé Rafael.

Eu vejo uma falta no Zé Rafael. Não é uma disputa igual, porque a disputa vem por trás do Zé, não é lado a lado. Alfredo Loebeling

Cruzeiro obteve a posse da bola, antes de marcar o gol, com falta. Gol bem anulado. Atuação correta do VAR e do árbitro. Manoel Serapião

O gol do Cruzeiro foi mal anulado, pois não houve a infração sobre o defensor do Santos. O Wilton Pereira Sampaio estava próximo da jogada e deixou o jogo seguir. O VAR decidiu ‘reapitar’ o jogo e erraram juntos. Renato Marsiglia

Não se pode anular um gol desses. Essas disputas de bola acontecem normalmente. O Zé Rafael dá um salto depois de perder a bola. O árbitro acertou ao não marcar em campo e errou depois de ver o VAR. João Paulo Araújo

A falta deveria ser assinalada no início da jogada, no meio do campo. Mais uma vez, o VAR foi acionado para salvar a arbitragem. Não sei se alguns colegas de arbitragem apitariam uma partida tempos atrás, quando não tinha o VAR. Ulisses Tavares

No áudio do VAR, divulgado pela CBF, os árbitros citam um toque na panturrilha de Zé Rafael.