SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu neste sábado (9) uma ligação de seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, com quem falou sobre Guerra da Ucrânia, Brics e relações com os Estados Unidos, segundo comunicados de ambos os países.

Durante a chamada de 40 minutos, Putin falou sobre os “recentes esforços pela paz entre Rússia e Ucrânia”, segundo o Palácio do Planalto, e “agradeceu o empenho e interesse do Brasil nesse tema”.

“O presidente Lula enfatizou que o Brasil sempre apoiou o diálogo e a busca de uma solução pacífica e reafirmou que o seu governo está à disposição para contribuir com o que for necessário, inclusive no âmbito do Grupo de Amigos da Paz”, afirmou a Presidência brasileira.

A declaração faz referência à iniciativa lançada em conjunto com a China em 2023 e que, até agora, teve poucos resultados práticos na guerra que se estende desde 2022 no Leste Europeu. Os líderes também falaram sobre a cooperação no âmbito do Brics, o grupo de países emergentes do qual fazem parte.

A chamada é mais uma de uma série de ligações do presidente russo para líderes de outros países nos últimos dias -na quinta (7), Putin falou com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e, na sexta (8), com o líder da China, Xi Jinping, da Índia, Narendra Modi, e de outros três países que pertenceram à extinta União Soviética.

“Tive uma conversa muito boa e detalhada com meu amigo, o presidente Putin. Agradeci a ele por compartilhar os últimos acontecimentos sobre a Ucrânia”, afirmou Modi na rede social X. Já Ramaphosa demonstrou “total apoio da África do Sul às iniciativas de paz que acabarão com a guerra e contribuirão para uma paz duradoura entre a Rússia e a Ucrânia”.

Na ligação com a China, um dos principais aliados de Moscou, Xi disse estar satisfeito em ver Rússia e EUA mantendo contato para avançar em uma resolução política para o conflito.

Assim como na ligação deste sábado, Putin falou aos mandatários sobre sua reunião com o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, na última quarta-feira (6). Após o encontro, o presidente americano, Donald Trump, anunciou uma cúpula com o russo no Alasca no dia 15, ignorando o fim do prazo que o próprio republicano havia dado para uma trégua na Guerra da Ucrânia, que venceu nesta sexta-feira (8).