RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Espírito Santo apura como acidente a queda de um carro que matou um casal numa ribanceira de aproximadamente 400 metros, no município de Venda Nova do Imigrante, na região serrana do estado.
O caso ocorreu na madrugada de segunda-feira (4), em uma área utilizada como rampa de voo livre, no bairro Tapera.
As vítimas foram identificadas como Marcone da Silva Cardoso, 26, e Adriana Machado Ribeiro, 42. Eles namoravam havia cerca de seis meses.
Adriana era natural de Venda Nova do Imigrante e trabalhava em uma padaria da cidade. Marcone nasceu em Belo Horizonte (MG) e morava no município capixaba, onde atuava como operador de máquinas.
As circunstâncias do acidente são apuradas pela Dipo (Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras) de Venda Nova do Imigrante. De acordo com o delegado Alberto Roque Peres, as investigações preliminares apontam para uma fatalidade.
O casal havia saído de uma festa e deixado o irmão de Marcone em casa antes de seguir para o ponto turístico da cidade utilizado para saltos de asa-delta. “Eles foram até o local para namorar e estacionaram imprudentemente próximo à ribanceira. Como a iluminação era precária apenas a luz do carro e o terreno estava molhado, o veículo acabou se movimentando e caiu no paredão”, afirmou o delegado à Folha de S.Paulo.
Ainda segundo o delegado, não há indícios de envolvimento de terceiros, mas um inquérito foi instaurado para apurar os detalhes do caso. Os laudos periciais devem ficar prontos em cerca de 30 dias.
Com o impacto da queda, os corpos foram arremessados para fora do carro. Equipes do Corpo de Bombeiros precisaram fazer trilha em meio ao mato para localizar o corpo de Adriana, por se tratar de um terreno muito íngreme. O corpo de Marcone foi encontrado na base do paredão. O veículo ficou completamente destruído.
A rampa de voo livre de Tapera é um dos principais atrativos turísticos de Venda Nova do Imigrante, por oferecer vista panorâmica da região e atrair praticantes de esportes radicais. O local não possui estrutura de contenção ou iluminação adequada para visitas noturnas.
Segundo a Polícia Científica, os corpos foram encaminhados à SML (Seção Regional de Medicina Legal) da cidade, onde passaram por necropsia antes de serem liberados para os familiares.