SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um motorista de aplicativo de 25 anos foi sequestrado e feito refém por três horas na zona leste de São Paulo, na noite de quarta-feira. A Polícia Militar conseguiu libertá-lo depois que a mulher dele acionou a polícia.

O motorista foi rendido pelos criminosos depois de aceitar uma corrida quando já estava perto de encerrar o expediente. Eles fizeram transferências via Pix e passaram em diversos estabelecimentos para fazer compras, principalmente carnes e bebidas. Ele teve prejuízo de cerca de R$ 4.000.

Três suspeitos, de 19, 22 e 31 anos, foram presos.

O homem tem um aplicativo de rastreamento no celular. A mulher dele percebeu que ele estava demorando e circulando por regiões não usuais e passou a monitorá-lo. Sob anonimato, ela contou à TV Globo que o aplicativo também permite ouvir o que está sendo falado e percebeu quando os criminosos falaram que o reconhecimento facial não estava funcionando e que não estavam mais conseguindo fazer Pix.

A intenção do trio era permanecer com o motorista até a manhã, quando o aplicativo bancário permitiria fazer empréstimos.

“Policiais militares foram acionados, informados de uma ocorrência em que um homem estava sendo mantido refém em um veículo. Em diligências, os policiais localizaram o carro e deram ordem de parada, que foi ignorada”, afirmou a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Na avenida José Pinheiro Borges, eles entraram na contramão e bateram de frente com outro veículo, dirigido por uma mulher, que pegou fogo. Ela ficou presa nas ferragens e foi retirada momentos antes de o carro ser consumido pelas chamas.

Ela ficou ferida e foi encaminhada ao Hospital Nipo Brasileiro.

Os PMs resgataram o motorista e detiveram o trio. Todos foram levados ao Hospital Ermelino Matarazzo, onde os criminosos permaneceram sob escolta. A vítima recebeu atendimento médico e foi liberada.

A perícia foi acionada e o caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, desobediência e extorsão no 24° DP (Ponte Rasa).