Da redação
A seca prolongada e o calor intenso colocaram Goiás em alerta máximo para incêndios florestais nesta quinta-feira (7), segundo boletim divulgado pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). O cenário é agravado por mais de 90 dias sem chuvas significativas em diversas regiões do estado, o que tem elevado o risco de queimadas e comprometido o abastecimento hídrico.
A previsão aponta para dias ensolarados, temperaturas elevadas e umidade relativa do ar em níveis críticos, especialmente nas regiões norte e oeste de Goiás, onde os termômetros podem alcançar 36 °C durante a tarde. No sul e sudeste, a variação térmica também impressiona, com madrugadas frias de até 12 °C e tardes escaldantes, o que caracteriza alta amplitude térmica.
Segundo o Cimehgo, a umidade relativa do ar deve cair para entre 12% e 20%, índices que ficam bem abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), configurando um ambiente de risco para a saúde pública — sobretudo para crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Em Goiânia, o calor também não dá trégua. A máxima prevista é de 32 °C, com níveis de umidade que podem chegar a apenas 18% nas horas mais secas do dia.
Estiagem prolongada exige atenção
O Cimehgo reforça a importância do uso consciente da água, já que os principais mananciais do estado apresentam níveis preocupantes. A estiagem prolongada pode impactar não só o abastecimento humano, mas também a produção agropecuária em diversas regiões.
Desde maio, o órgão passou a monitorar com mais precisão o número de dias consecutivos sem precipitação significativa (menos de 0,5 mm), em uma tentativa de antecipar medidas de prevenção e proteger a população. “Monitorar para prevenir, informar para proteger”, destaca o Cimehgo.
Recomendações
Com o risco de incêndios em alta, as autoridades pedem que a população evite qualquer tipo de queimada, mesmo em áreas rurais. Também é recomendado:
- Beber bastante água ao longo do dia
- Usar soro fisiológico nos olhos e narinas, se necessário
- Evitar atividades físicas nas horas mais quentes
- Redobrar os cuidados com crianças e idosos
O cenário atual exige atenção coletiva e responsabilidade para evitar danos maiores à saúde pública e ao meio ambiente.