da redação
Em um tom triunfal, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou sua rede social para anunciar, na madrugada desta quinta-feira (7), a entrada em vigor de novas tarifas comerciais sobre produtos de dezenas de países. A medida, que passou a valer oficialmente à 1h01 (horário de Brasília), estabelece tarifas recíprocas sobre bens importados de 69 parceiros comerciais, incluindo o Brasil.
“É meia-noite!!! Bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos da América!”, escreveu Trump em publicação feita na Truth Social, sua plataforma digital. Segundo ele, os recursos vêm, sobretudo, de nações que teriam “se aproveitado dos EUA por muitos anos, rindo ao longo do caminho”.
Trump também fez ataques ao que chamou de “tribunal de esquerda radical”, sugerindo que o único empecilho à grandeza dos Estados Unidos seria o ativismo judicial. “A única coisa que pode parar a grandeza da América seria um tribunal de esquerda radical que quer ver nosso país falhar!”, disse em outra postagem.
Impacto global
Apesar de citar 69 países em sua publicação, as tarifas atingem um total de 94 nações, de acordo com documentos oficiais. O Brasil aparece entre os mais afetados, com uma tarifa-base de 10%, além de uma sobretaxa de 40% que, segundo Trump, tem como motivação política a “perseguição” ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL).
A medida gerou reações imediatas entre diplomatas e analistas de comércio internacional, que apontam riscos de retaliações, tensões diplomáticas e instabilidade nos fluxos comerciais globais.
As novas tarifas fazem parte da estratégia de Trump para reforçar sua retórica protecionista em meio à corrida eleitoral. Ele tem repetido que os Estados Unidos precisam impor condições comerciais mais duras a países que, segundo ele, “enfraqueceram a economia americana” ao longo dos anos.