SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Aena, concessionária responsável pela gestão do aeroporto de Congonhas, instalou novas placas de sinalização com indicações, por exemplo, para a reformulada área de embarque em carros de aplicativo, no piso inferior, e à estação de metrô.
O problema é que a nova estação que vai conectar o aeroporto da zona sul paulistana à rede metroviária de São Paulo só deverá entrar em operação comercial em, no mínimo, um ano.
As placas, em português e inglês, estão no interior e na parte externa do aeroporto. E há outras informações, como indicação para estacionamento ou para a praça pick-up, um novo viário para carros de aplicativo, mas ainda em obras.
Em nota, a concessionária afirma que as placas de sinalização foram instaladas recentemente e que as indicações sobre o metrô receberão, nos próximos dias, um adesivo com a mensagem “em breve”, orientando corretamente os passageiros.
Prometida para a Copa do Mundo de 2014, a futura linha 17-ouro, que vai ligar a região do Morumbi ao aeroporto, deve começar operação assistida (apenas aos fins de semana, por exemplo) em março do ano que vem. A comercial, em horário integral, é prevista para o terceiro trimestre de 2026.
Na noite da última quinta-feira (31), a reportagem acompanhou os testes com um dos dois trens da linha 17 que já estão em São Paulo eles são fabricados na China.
A composição estava carregada com sacos de areias para simular o peso de passageiros. Por enquanto, roda em seis das oito estações da linha ele ainda não chega ao aeroporto, por exemplo.
A estação Aeroporto de Congonhas está com cerca de 80% das obras concluídas. Segundo o metrô, a estimativa é que a parte civil e de sistemas (elétricos e comunicação) esteja pronta em dezembro, assim como em toda a linha.
Construída do outro lado da avenida Washington Luís, a estação será ligada ao aeroporto por meio de um túnel de 65 metros de comprimento. A passagem está em fase final de acabamento e com parte das escadas rolantes em funcionamento, conforme constatou a reportagem na última sexta-feira (1º).
O acesso é no térreo de Congonhas, próximo às escadas de embarque e desembarque. As portas automáticas estão instaladas, mas, por enquanto, abrem e fecham manualmente.
Há painéis no aeroporto com imagens do trem da linha 17-ouro na área por onde passarão as pessoas vindas do metrô.
Mesmo com metrô e aeroporto fechados durante a madrugada, o túnel ficará aberto ao público 24 horas por dia para que as pessoas possam atravessar de um lado a outro da avenida. A passarela metálica sobre a Washington Luís será retirada.
A troca da sinalização em Congonhas faz parte do processo de modernização do aeroporto. Nesta quarta-feira (6), por exemplo, foi inaugurada a ampliação da sala de embarque remoto de onde passageiros são levados de ônibus até os aviões. O local mais que dobrou de tamanho, indo de 1.400 m² para 3.000 m². O total de assentos passou de 213 para 329.
Ao custo de R$ 2,4 bilhões, a Aena, que assumiu a gestão de Congonhas em outubro de 2023, terá de reformular o aeroporto até junho de 2028.
A principal mudança será a construção de uma nova área de embarque, com 19 pontes de acesso direto aos aviões, contra as 12 de hoje. Entre outros motivos, a mudança ocorre para aumentar a distância entre as pistas de taxiamento e principal, que não atende as normas internacionais.
Com a reformulação nas pontes de embarque e com a ampliação da distância para a pista, Congonhas poderá receber aviões maiores, como o Airbus A321neo e o Boeing 737 Max 10, ambos com capacidade para mais de 220 passageiros.
Com isso, a concessionária planeja retomar rotas internacionais em Congonhas para países da América do Sul. Como mostrou a Folha, a expectativa é que a partir de 2026 jatos comerciais decolem ou cheguem de outros países. A operação comercial com passageiros está prevista para 2028, quando as obras ficarem prontas.