SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Depois de divulgar a jornalistas e investidores na terça-feira (5) um prejuízo de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025, a Embraer disse ter revisado o número e, agora, relata ter registrado lucro líquido ajustado de R$ 675 milhões nesse mesmo período.
Em fato relevante, a companhia informou que os ajustes se referem a uma correção na linha “Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos”.
O lucro líquido ajustado é calculado pela soma do lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer mais o Imposto de Renda e a Dontribuição Social diferidos (postergados) do período.
“A companhia reforça seu compromisso com a transparência e a qualidade das informações prestadas ao mercado, mantendo seus acionistas e demais interessados devidamente informados, nos termos da legislação aplicável”, escreveu a companhia.
No segundo trimestre, a Embraer entregou 61 aeronaves, aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2024. Ao dividir por segmento, foram entregues 19 jatos comerciais (dez do modelo E2 e nove do modelo E1) e 38 jatos executivos (21 leves e 17 médios). Já o segmento de defesa entregou quatro aviões, todos do modelo A-29 Super Tucano.
A carteira total de pedidos atingiu US$ 29,7 bilhões no segundo trimestre, um novo recorde histórico para a empresa.
A Embraer manteve as estimativas de entregas para 2025. A previsão é que sejam entregues de 77 a 85 aeronaves comerciais e de 145 a 155 aviões executivos (jatinhos).
Na terça, durante videoconferência com jornalistas e investidores, executivos da companhia disseram que os resultados do segundo trimestre não foram significativamente impactados pelas tarifas aplicadas pelos EUA.
Apesar de ter sido incluída na lista de exceções do tarifaço de Donald Trump, a Embraer ainda é impactada pela sobretaxa de 10% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente americano em abril. Segundo Francisco Gomes Neto, CEO da fabricante, a empresa vem trabalhando para que essa tarifa seja reduzida a zero novamente.
Ainda de acordo com o executivo, as negociações têm acontecido diretamente com o governo americano e também por meio do governo brasileiro.
“Com base nos outros acordos que a gente vem observando em outros países, que trazem aviação de volta para a alíquota zero, nós temos uma boa expectativa de que isso venha a acontecer conosco também. E aí vai permitir que a gente continue com os mesmos planos de anteriormente”, disse.