SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O produtor Harvey Weinstein processou a Network Presentations e a National Artist Management Company, que foram seus parceiros na turnê do musical “Finding Neverland”, que percorreu os Estados Unidos. O ex-magnata de Hollywood diz que as empresas devem a ele US$ 2,3 milhão, cerca de R$ 12,6 milhões.

Segundo os documentos do processo, obtidos pelo portal TMZ, os acordos finais com os produtores não foram formalmente assinados antes da estreia da turnê, em 2016. Weinstein acusa os parceiros de desviarem 4% da receita bruta —cerca de US$ 4,6 milhões, ou R$ 25,2 milhões.

O suposto acordo entre o ex-produtor e os réus determinava mais de US$ 8 mil semanalmente, afirma a TMZ, além de uma participação de 27,5% nos lucros. Procuradas, as empresas ainda não se manifestaram sobre o caso.

O musical, que chegou à Broadway em 2015, foi baseado no longa, “Em Busca da Terra do Nunca”, de 2004, produzido por Weinstein. Com Kate Winslet e Johnny Depp, acompanha o autor de “Peter Pan”, J. M. Barrie, e foi indicado ao Oscar de melhor filme.

No ano passado, Weinstein processou a produtora pelo mesmo motivo –nos documentos legais, alega que foi pago ao menos metade do combinado com os réus, mas não especifica exatamente o valor. Na época, ele pediu US$ 500 mil, ou R$ 2,7 milhões.

Weinstein segue preso em Nova York, após ser condenado por crimes sexuais, como estupro. Mais de cem mulheres, incluindo atrizes famosas, acusaram Weinstein de má conduta, dando pontapé ao movimento MeToo nos Estados Unidos.