SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Sorocaba (SP), Belém (PA) e Santo André (SP) registraram os maiores saltos de atratividade imobiliária no segundo trimestre deste ano, de acordo com a nova edição do IDI (Índice de Demanda Imobiliária) Brasil. Já Salvador (BA) teve o pior desempenho do trimestre, recuando significativamente em todas as faixas de renda.
Apesar do avanço de cidades emergentes, capitais consolidadas mantêm a liderança: Curitiba (PR) segue à frente no segmento econômico, Goiânia (GO) assume o topo no médio padrão e São Paulo (SP) permanece dominante no alto padrão, além de aparecer entre as mais bem colocadas nas demais faixas de renda.
O levantamento avalia 77 municípios brasileiros com potencial para novos empreendimentos habitacionais e considera seis indicadores, incluindo demanda direta e dinâmica econômica. Os dados são fruto de uma parceria entre o Ecossistema Sienge, CV CRM e Grupo Prospecta, com apoio da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
O IDI-Brasil classifica as cidades em diferentes categorias de atratividade, que vão de muito baixa a muito alta, de acordo com sua pontuação no índice. Entre os indicadores usados para calcular a relevância estratégica para o mercado imobiliário estão: potencial de consumo, geração de renda e comportamento de leads (que avalia desde a captação de recursos até a interação com clientes).
Segundo Gabriela Torres, gerente de inteligência estratégica do Ecossistema Sienge, a quarta edição do IDI-Brasil comprova a descentralização da demanda imobiliária.
Belém, que vinha de sequência negativa, reverteu a tendência e saltou 17 posições no médio padrão, alcançando a 18ª colocação. Analistas do setor atribuem parte desse avanço às expectativas em torno da COP 30, conferência climática da ONU que será sediada na cidade de 10 a 21 de novembro de 2025.
CURITIBA LIDERA NO SEGMENTO ECONÔMICO
Voltado a famílias com renda de R$ 2.000 a R$ 12 mil, o segmento econômico tem Curitiba na liderança; São Paulo e Fortaleza (CE) dividem o segundo lugar.
Sorocaba subiu duas posições e assumiu o quinto lugar, ultrapassando cidades maiores como Recife (PE) e Porto Alegre (RS). Aracaju (SE) também teve bom desempenho, subindo três colocações.
Salvador, que vinha em alta no trimestre anterior, caiu seis posições e agora ocupa o 12º lugar. Segundo os analistas do estudo, o resultado é reflexo de maior concorrência e retração na demanda.
GOIÂNIA ASSUME LIDERANÇA NO MÉDIO PADRÃO
Na faixa de renda entre R$ 12 mil e R$ 24 mil, Goiânia se destacou e ultrapassou São Paulo. A capital paulista e Curitiba assumiram o segundo e terceiro lugares.
Sorocaba também teve avanço expressivo nessa faixa, subindo oito posições até o quinto lugar e sendo o único município não capital entre os cinco mais atrativos. Belém, que vinha de uma sequência negativa, inverteu a tendência e saltou 17 posições, alcançando a 18ª colocação.
SANTO ANDRÉ ENTRA NO ALTO PADRÃO
Já no alto padrão, voltado a famílias com renda superior a R$ 24 mil, São Paulo permanece na liderança, seguida por Goiânia e Brasília que superou Fortaleza, impulsionada por nova oferta e valorização dos empreendimentos.
Sorocaba ganhou nove posições e entrou no grupo das dez cidades mais atrativas também nesse segmento.
Já Santo André teve um salto de 12 posições e entrou no segmento. Embora ainda esteja na faixa de atratividade média, entrou definitivamente no radar de investidores.