SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem de 69 anos foi preso em flagrante pela Polícia Militar por volta das 12h desta terça-feira (5) após, segundo a polícia, confessar ter matado a ex-companheira com disparos de arma de fogo na rua Nossa Senhora de Lourdes, Vila Galvão, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
De acordo com as informações do boletim de ocorrência informadas pela SSP (Secretaria de Segurança Pública), policiais militares atenderam a ocorrência e encontraram o suspeito, Manoel da Silva Augusto, no local.
Desnorteado com o ocorrido, ele afirmou que tentou o suicídio, mas a arma falhou. Ele próprio chamou um advogado, que, por sua vez, acionou a polícia.
Quando os agentes chegaram, Manoel confessou ter cometido o crime após uma discussão motivada pelo término do relacionamento com Creusa Fernandes Lobo, 61. Ela teria ido à casa para pegar seus pertences. Ele disse aos policiais ter “perdido a cabeça” e dado dois tiros na ex-companheira: um na barriga e outro na cabeça.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado e o médico constatou a morte da mulher no local.
A SSP informou que um revólver Taurus calibre .38 foi apreendido para perícia e o caso foi registrado como feminicídio (quando a motivação se relaciona ao sexo da vítima) pela Delegacia de Defesa da Mulher de Guarulhos.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados no fim de julho, destacam que foram computados 1.492 feminicídios em 2024 no país -alta de 1,2% ante 2023 e o maior número desde 2015. Houve também aumento de 19% nas tentativas de feminicídio.
A lei do feminicídio, sancionada pelo presidente Lula em outubro de 2024, cria um tipo penal específico para o crime, que antes era uma circunstância do homicídio, com destaque para o aumento de pena, que antes chegava a 30 anos e agora pode atingir os 40.