RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um dos maiores ícones do cinema nos anos 1990, Sharon Stone, 67, contou que sempre ganhou -e ainda ganha- mais dinheiro como modelo do que trabalhando como atriz. “Ainda recebo muitos convites para modelar, e essa é a minha realidade”, disse a intérprete da escritora Catherine Tramell, de “Instinto Selvagem” (1992), do diretor Paul Verhoeven. Em entrevista ao site Business Insider, ela refletiu sobre o início de sua trajetória e lamentou não ter conseguido espaço na área em que mais queria atuar: a direção.

Stone lembrou que seu objetivo era dirigir filmes quando começou a trilhar seu caminho nas artes, nos anos 1970, mas encontrou uma barreira: o machismo da indústria. “Na época, eu queria ser diretora, mas a danada da vagina atrapalhou, porque como você poderia ter um cérebro e uma vagina ao mesmo tempo? Parece que isso confundiu muita gente”, ironizou.

Antes de estrear nas telonas com o filme “Memórias” (1980), Sharon vivia em Nova York e enfrentava dificuldades financeiras -a ponto de ir de patins para os compromissos por não ter dinheiro para transporte. Ao saber de um teste para figurantes em um filme de Woody Allen, decidiu tentar a sorte. Mostrou seu portfólio de modelo e conseguiu uma vaga como uma garota que andava em um trem.

Essa relação com o trabalho e a falta de reconhecimento não foram os únicos desafios enfrentados pela atriz. Em 2024, em entrevista à The Hollywood Reporter, ela contou que perdeu todo o dinheiro que havia acumulado após sofrer um AVC em 2001. “Eu tinha US$ 18 milhões guardados graças ao meu sucesso, mas, quando voltei e vi minha conta, não tinha nada. Minha geladeira, meu celular -tudo estava no nome de outras pessoas. Eu estava zerada”, relatou.