SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Donald Trump já definiu o novo alvo dos seus ataques recentes à equipe da emissora CBS, pouco depois do cancelamento do The Late Show, apresentado por Stephen Colbert, que aconteceu no mês de julho.
Nesta terça (5), o presidente americano usou a rede Truth Social para atacar Gayle King, apresentadora do programa CBS Mornings, e compartilhou um artigo do New York Post que afirma que os dias da jornalista na emissora podem estar contados.
“A carreira de Gayle King acabou”, publicou ele junto do link para a reportagem. “Ela deveria ter mantido a sua fé em Trump. Ela nunca teve coragem para isso. Sem talento, sem audiência, sem força!”
Segundo o texto compartilhado por Trump, a CBS viria enfrentando dilemas a respeito do futuro da apresentadora diante da queda de audiência do seu programa “woke” e dos esforços dos novos donos da emissora -a partir da fusão com a Skydance- para diminuir o apelo da TV aos democratas.
Responsável pelo Late Show, a CBS diz que o cancelamento foi fruto de uma decisão financeira. O anúncio aconteceu pouco depois de a Paramount, dona do canal, chegar a um acordo milionário para pôr fim a uma ação na qual era alvo de Trump. O presidente acusava a empresa de ter transmitido uma entrevista, durante as eleições presidenciais, que favorecia sua adversária Kamala Harris.
A negociação ocorreu também em meio a uma tentativa do estúdio de finalizar uma fusão com a Skydance, cujo acordo foi aprovado em julho pela Comissão Federal de Comunicações, responsável por regulamentar as comunicações e mídias no país.
Para agilizar o processo, a Skydance também declarou que eliminaria as políticas de diversidade hoje em vigor na CBS. O termo “woke” vem sendo utilizado pelos conservadores, de forma pejorativa, para fazer menção a pautas ligadas a diversidade e que, no contexto do atual governo, estariam na contramão dos “valores americanos”.