SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo de São Paulo espera contar, neste segundo semestre, com a liberação de melhorias viárias e instalações de pórticos de pedágios para dar início ao chamado “macroanel logístico”, um conjunto de rodovias interligando o interior e o litoral sul paulista tendo o Porto de Santos como ponto principal de chegada.

O macroanel será formado pela Rota Sorocabana -projeto que qualifica 460 quilômetros de 12 rodovias localizadas na região sudoeste do estado, passando pela Raposo Tavares e a Castelo Branco- e o lote Litoral Paulista, que liga os municípios do Alto Tietê, da Baixada Santista e do Vale do Ribeira.

Ambos os lotes foram leiloados no ano passado: a CBI (Companhia Brasileira de Infraestrutura) e a CLD Construtora arremataram o lote do litoral em abril, enquanto a CCR levou a Rota Sorocabana em outubro. Ao todo, serão investidos R$ 13,1 bilhões nos dois lotes.

Segundo o governo paulista, o conjunto de intervenções servirá para criar rotas alternativas ao sistema Anchieta-Imigrantes, ampliando a capacidade de escoamento de produtos e melhorando a fluidez do tráfego nas estradas.

“A concessão do Litoral Paulista, junto com a concessão da Rota Sorocabana, permite formar um macroanel logístico no Estado de São Paulo. A duplicação entre Miracatu e Peruíbe, a construção de marginais de Peruíbe até Praia Grande e a ligação com outras rodovias como a SP-065-Rodovia Dom Pedro I e a duplicação do trecho Bertioga-Santos vão possibilitar um novo acesso ao Porto de Santos e ajudar a desafogar o sistema Anchieta-Imigrantes. Isso melhora a logística do estado como um todo”, disse em nota o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.

Até o momento, diversos pontos de trabalho estão ativos ao longo da malha viária, com aplicação de pavimento, serviços de reparo e instalação de bases de atendimento aos usuários. De acordo com a gestão Tarcísio de Freitas, foram mobilizadas sete frentes de trabalho, oito bases operacionais e iniciadas melhorias em mais de 134 mil m² de rodovias.

A cobrança nos trechos será realizada por pórticos eletrônicos nos moldes do free flow, agora chamados de Siga Fácil. A tarifa será proporcional à distância percorrida, com a opção de utilização de marginais gratuitas para quem realizar deslocamentos curtos, dentro do município, além de descontos de 5% a 20% para quem optar por sistemas de pagamento automático, isenção para motociclistas e aplicação de descontos progressivos para usuários frequentes.

A expectativa é de que os novos pontos de pagamento sejam iniciados a partir de novembro, conforme as obras forem sendo liberadas. Os trechos de Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá e Praia Grande passem a funcionar somente em 2027.