SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, está decidido a expandir a ofensiva em Gaza e ocupar todo o território. A informação foi divulgada pelo o Canal 12 de Israel, citando um integrante do governo. O gabinete do premiê não se pronunciou.
Netanyahu reunirá seu gabinete amanhã para decidir sobre o assunto, informou a mídia israelense. O premiê pretende expandir a ofensiva que Israel trava atualmente em Gaza.
Haverá operações até mesmo em áreas onde há reféns. De acordo com o Canal 12, se o chefe das Forças de Defesa de Israel não concordar com a operação, ele deve renunciar.
Atualmente, as Forças de Defesa de Israel controlam aproximadamente 75% da Faixa de Gaza. Segundo o novo plano, a expectativa é de que os militares ocupem também o território restante. Não está claro o que tal medida significaria para os milhões de civis e grupos humanitários que vivem em Gaza.
As Forças de Defesa de Israel já haviam anunciado que são contrárias à tomada de toda a Faixa de Gaza. Na avaliação do exército, a limpeza de toda a infraestrutura do Hamas poderia levar anos. Isso também poderia colocar reféns em risco de execução caso as tropas se aproximassem do local onde estão detidos.
Israel quer colocar a questão dos reféns mantidos em cativeiro há 22 meses em Gaza no centro da agenda internacional. A declaração do ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, foi dada às vésperas de uma sessão do Conselho de Segurança da ONU, convocada por Israel e dedicada ao tema. Israel está dialogando com os EUA e entende que o Hamas não está interessado em um acordo, segundo uma fonte revelou ao Canal 12.
Netanyahu anunciou que vai convocar seu gabinete “esta semana” para “dar instruções” ao exército. “Estamos no meio de uma guerra intensa na qual obtivemos sucessos muito importantes, históricos, porque não estávamos divididos (…) devemos continuar unidos”, declarou. O premiê lembrou os “objetivos da guerra”: “derrotar o inimigo, libertar nossos reféns e garantir que Gaza deixe de ser uma ameaça para Israel”.